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Saúde
Quarta - 12 de Setembro de 2007 às 07:36

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Os pesquisadores analisaram dados de 46 mil pacientes colhidos durante 36 anos por clínicos gerais. Os dados eram atualizados a cada seis meses, mesmo quando elas mudavam de médico.

Os pesquisadores concluíram que o risco de desenvolver câncer era 12% mais baixo entre as mulheres que tomaram pílula - a redução do risco de câncer do intestino grosso, uterino ou de ovário é estatisticamente significativo.

Mas o estudo liderado pelo professor Phillip Hannaford conclui que o uso do contraceptivo por mais de oito anos está associado a um aumento do risco de desenvolver câncer.

Uso prolongado

Os dados sugerem que o efeito protetor da pílula dura por até 15 anos depois que a paciente pára de tomá-la - geralmente o período em que a mulher se torna mais suscetível ao desenvolvimento de câncer.

As mulheres que usaram a pílula por mais de oito anos, no entanto - menos de um quarto das mulheres que usaram a pílula e participaram do estudo - apresentaram um risco significativamente maior de desenvolver câncer, em particular o câncer cervical e do sistema nervoso central.

Mas as mesmas mulheres apresentaram risco reduzido de desenvolver câncer de ovário.

Segundo os pesquisadores, a conclusão do estudo deve tranqüilizar muitas mulheres, especialmente as que usaram a primeira geração de contraceptivos orais.

Eles aceitam que a fórmula diferente das pílulas modernas e a diferença de padrão de uso - com mulheres começando a tomar a pílula mais cedo e por mais tempo - podem modificar o risco de desenvolver câncer.

Mas eles argumentam que os resultados de outros estudos indicam que as pílulas atuais produzem efeitos semelhantes.

Segundo o professor Hannaford, ainda é "pouco comum" que as mulheres tomem pílula anticoncepcional seguidamente por oito anos, já que a tendência é tomar e parar, dependendo das circunstâncias de cada uma.

"Eu não recomendaria a ninguém tomar a pílula especificamente para diminuir o risco de câncer, mas se elas decidirem tomá-la, elas não vão aumentar esse risco", disse ele.

Julie Sharp, da organização Cancer Research UK, afirma que "é importante que as mulheres estejam cientes dos riscos de tomar a pílula a curto prazo, como um aumento no risco do câncer de mama e cervical, mas esta pesquisa sugere que esses riscos podem ser contrabalançados pelos benefícios à saúde a longo prazo."

O aumento do risco de câncer cervical e de mama relacionado à pílula parece ser cancelado pela proteção a longo prazo contra outros tipos da doença.

Estima-se que 100 milhões de mulheres usam a pílula no mundo, e acredita-se que mais de 300 milhões tomaram o contraceptivo desde seu lançamento, em 1961.





Fonte: BBC Brasil

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