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Sexta - 07 de Setembro de 2007 às 10:26

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O pênalti defendido por Rogério Ceni no finzinho da partida contra o Atlético Mineiro, na quarta-feira, no Mineirão, deixou o camisa 1 do São Paulo ainda mais perto de bater outro recorde na carreira: o de goleiro que ficou mais tempo sem levar gols na história do Campeonato Brasileiro. A marca, que já perdura por 29 anos, pertence a Jairo, ex-Corinthians, que passou 1.132 minutos sem ter que buscar a bola dentro do próprio gol.

Com o empate sem gols em Minas Gerais, que ajudou o líder do Brasileiro a ampliar para nove pontos sua vantagem sobre o Cruzeiro, Rogério Ceni e o São Paulo não sabem o que é sofrer gol há oito jogos - ou mais de um mês, 808 minutos. A última equipe a conseguir tal feito foi o Juventude, logo aos dois minutos, na derrota sofrida por 3 a 1, no dia 2 de agosto. Desde então, Ceni foi vazado apenas na Copa Sul-Americana.

Assim, o capitão são-paulino, que já carrega o título de maior goleiro-artilheiro da história - são 76 gols (45 de falta e 31 de pênalti) - vai ficando cada vez mais pertinho da marca de Jairo. Agora, restam "apenas" 324 minutos - três jogos e meio - e superar outros dois concorrentes na lista dos menos vazados: Acácio, no Vasco de 1988 (915 minutos), Leão, no Palmeiras de 1973 (1.057 minutos) e, claro, Jairo.

Antes do confronto com os mineiros, Ceni era apenas o nono da história. Durante o jogo, ele ultrapassou Marolla, pelo Atlético Paranaense (739 minutos, em 1986), Paulo César, pelo Sport (756, em 1985), Renan, pelo Inter (770, em 2006), João Leite, pelo Atlético-MG (773, em 1978) e Neneca, pelo Guarani (778, também em 1978).

"Não existe goleiro que não toma gol se não tiver uma boa defesa, um bom sistema defensivo a sua frente. Então, o mérito é todo dividido e isso não é falsa modéstia", garante Ceni, especialista em derrubar recordes pelo São Paulo - é o jogador com maior número de partidas com a camisa tricolor. "Cada um tem suas obrigações e cada um colhe suas glórias. Esse é o sistema que a gente trabalha, o sistema que encontramos para tentar fazer um time vencedor", emenda.

No entanto, o maior adversário do goleiro são-paulino nesse desafio é a seqüência de jogos do São Paulo. Como gosta de falar o técnico Muricy Ramalho, o líder só tem "pedreira" nas próximas rodadas. A começar por sábado, contra o Vasco, no Rio. Se ficar mais 90 minutos sem sofrer gol, Rogério Ceni ainda terá que passar por Santos e Figueirense, no Morumbi, e mais alguns minutos frente ao Internacional, em Porto Alegre, para só então comemorar a nova marca.

E antes que alguém reclame falando que o recorde só não foi por água abaixo porque Rogério Ceni se adiantou na cobrança de pênalti do ex-corintiano Coelho, o próprio camisa 1 se defende. "Ficar com os dois pés parados em cima da linha é impossível, nenhum goleiro fica. Para você ter que projetar o corpo em direção a bola é normal ter que mexer um dos pés... É natural do ser humano", defende-se Rogério Ceni. “"Não vi nada de anormal, nada de diferente do que qualquer outro pênalti no Brasileiro."





Fonte: AE

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