Xeque-Mate: PF investiga vazamento de informações

A Polícia Federal vai ouvir delegados, procuradores do Ministério Público Federal, advogados e pelo menos nove jornalistas numa investigação aberta para apurar o vazamento de informações sob segredo de Justiça relativas à Operação Xeque-Mate, desencadeada no dia 4 de junho contra quadrilhas de jogo ilegal.

A informação foi confirmada pela Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul. A abertura do inquérito foi ordenada pela própria direção-geral da PF.

O vazamento de escutas telefônicas provocou polêmica. Nos grampos, feitos com autorização da Justiça, apareciam vozes de pessoas próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o irmão Genival Inácio da Silva, o "Vavá", e o amigo de Lula, Dario Morelli Filho.

Vavá aparecia, segundo interpretação da Polícia Federal, pedindo dinheiro ao empresário Nilton Cezar Servo, acusado de chefiar uma organização criminosa que explorava caça-níqueis em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia. Morelli foi denunciado como suposto sócio de Servo em uma casa de jogo ilegal fechada em Ilhabela, no litoral de SP.