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Internacional
Quarta - 25 de Julho de 2007 às 15:05

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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, elogiou nesta quarta-feira a iniciativa de ministros do Egito e da Jordânia para "estender a mão para a paz" durante viagem a Israel.

Olmert disse que há "chance no futuro próximo para o processo amadurecer em conversas que iriam, assim, lidar com os estágios de se estabelecer um Estado palestino". No entanto, ele ressaltou que "ainda não há cronogramas precisos ou estágios estabelecidos".

Os ministros de Egito e Jordânia -os únicos países do Oriente Médio que reconhecem Israel -viajaram ao país para apresentar uma proposta de reconhecimento de Israel por todos os países árabes em troca da retirada israelense de todos os territórios ocupados.

O plano que os ministros árabes apresentaram a Israel havia sido proposto pela Liga Árabe em 2002, mas na época Israel respondeu friamente. Recentemente, no entanto, o país disse que estaria disposto a rediscutir a iniciativa árabe.

A visita de Abdelelah al Khatib, da Jordânia, e Ahmed Aboul Gheit, do Egito, causou polêmica, porque estava sendo interpretada inicialmente como uma aproximação da Liga Árabe.

Desautorizados

No entanto, o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, disse nesta quarta-feira em entrevista à BBC que os ministros não receberam mandato para negociar em nome da liga, mas apenas sondar a intenção israelense de iniciar negociações.

"Eles não estão atuando sob a bandeira da Liga Árabe. Não estão indo [a Israel] em nome da Liga Árabe nem foram enviados como delegados da Liga Árabe", disse Moussa.

"Portanto, eles não podem iniciar as negociações em Israel afirmando que a Liga Árabe envia suas saudações. Eles representam dois países árabes que por certas circunstâncias entraram nos acordos de paz e em relações diplomáticas com Israel."

O Likud, partido de oposição de Israel, também manifestou-se contra a visita dos ministros. Para o líder do Likud, Binyamin Netanyahu, retiradas israelenses dos territórios ocupados não colaboram para a paz, e sim criam o que ele chamou de bases terroristas para o islamismo radical.

Bush e a Jordânia

A correspondente da BBC em Jerusalém, Bethany Bell, disse que diversos especialistas viram a iniciativa dos ministros com profundo pessimismo, duvidando que os novos passos possam alcançar uma solução para o conflito.

Em sua edição desta quarta-feira, o jornal israelense "Haaretz" disse que Israel estaria considerando um "acordo de princípios" em que aceitaria a criação de um Estado palestino em 90% dos territórios ocupados.

Ainda segundo o diário, Israel poderia concordar com a construção de um túnel ligando a Cisjordânia à faixa de Gaza, além de estabelecer os territórios onde Israel manteria seus assentamentos.

Enquanto isso, o rei da Jordânia, Abdullah, está em Washington, onde na terça-feira teve um jantar fechado com o presidente americano, George W. Bush.

Durante o encontro, o rei jordaniano pediu a Bush que aumente os esforços americanos para que o plano de paz para a região seja posto em prática.




Fonte: BBC

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