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Nacional
Quinta - 19 de Julho de 2007 às 18:16

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Dois médicos legistas do IML (Instituto Médico Legal) que trabalham no reconhecimento das pessoas mortas no acidente com o vôo 3054 da TAM, que ocorreu na terça-feira (17) em Congonhas (zona sul de São Paulo), participaram no final da tarde desta quinta de uma reunião com parte dos familiares e amigos delas.

Segundo o perito criminal Hugo Frugoli, odonto-legista, não há condições de fazer um reconhecimento direto dos corpos porque eles estão, em sua maioria, muito danificados e carbonizados. Frugoli explicou que alguns corpos serão mais difíceis de serem identificados porque estão inteiramente carbonizados --inclusive os ossos. Nestes casos, os corpos perderam toda a água e estão muito fragilizados.

"Em razão da intensidade do impacto e do incêndio, não há possibilidade de a pessoa, olhando, reconhecer o parente", disse o também perito criminal Carlos Alberto Coelho.

Os médicos explicaram que os procedimentos realizados para identificar os corpos são praticamente os mesmo usados para reconhecer as vítimas do acidente ocorrido com um Fokker-100 da TAM, em 1996, também em São Paulo. A diferença é que, agora, mais recursos tecnológicos são empregados nos trabalhos.

De acordo com Frugoli, a primeira tentativa é a de identificar o corpo pelas marcas digitais. Depois, é feito um estudo antropológico de cada uma das vítimas, com base em informações obtidas por meio de entrevistas com familiares e amigos delas. A terceira possibilidade é o reconhecimento pela arcada dentária e, por último, por exame de DNA.

Grande parte das vítimas morreu em decorrência de politraumatismos.

O acidente com o Airbus-A320 da TAM ocorreu durante pouso em Congonhas. Sem controle, ele atravessou as pistas da avenida Washington Luís e atingiu o prédio da TAM Express. Além dos 186 ocupantes da aeronave, o acidente vitimou pessoas em solo --o número não foi confirmado. No total, o número de mortos pode chegar a 200. É o maior acidente da aviação brasileira.





Fonte: Folha Online

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