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Politica Brasil
Segunda - 09 de Julho de 2007 às 12:31

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O Conselho de Ética do Senado deve requisitar amanhã ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a entrega de novos documentos para serem anexadas na sua defesa no processo que sofre por quebra de decoro. Esses documentos serão remetidos para a Polícia Federal, que vai aprofundar a perícia já iniciada na documentação de Renan.

Na nova perícia, a PF vai verificar a autenticidade dos documentos e das transações financeiras realizadas por Renan no período de 2002 a 2006. A PF pediu 20 dias --a partir da entrega desses novos documentos-- para concluir a nova perícia. A perícia anterior foi feita em 48 horas.

A primeira perícia, segundo reportagem publicada hoje pela Folha (só para assinantes, encontrou 20 inconsistências ou indícios de irregularidades na documentação de Renan. Entre as irregularidades estão a ausência de notas fiscais para provar as supostas vendas de gado em 2004; divergências entre as notas fiscais apresentadas e as GTAs (Guia de Trânsito Animal, documento exigido para o transporte de animais vivos); e indícios de irregularidades nas empresas que supostamente compraram o gado de Renan.

Renan é acusado de usar recursos da construtora Mendes Júnior para pagar aluguel e pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha. Para comprovar que tinha renda compatível com os pagamentos, Renan diz que lucrou R$ 1,9 milhão, em quatro anos, com a venda de gado. Essa lucratividade foi questionada e será alvo de perícia.

O novo relatório do Conselho de Ética do Senado sobre o processo por quebra de decoro parlamentar contra Renan só vai ser apresentado após o resultado de uma perícia mais aprofundada da Polícia Federal nos documentos do peemedebista.

O primeiro relatório --que não levava em consideração a autenticidade das transações com gado de Renan-- sugeria o arquivamento da representação por falta de provas. O relatório foi elaborado em pouco mais de dois dias pelo senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que logo depois pediu afastamento do cargo por problemas de saúde.

Prazos

O Conselho de Ética também deu cinco dias --prazo que vence amanhã-- para o PSOL e Renan apresentarem questionamentos ao processo, aberto a partir de uma representação apresentada pelo PSOL.

Na semana passada, o senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos relatores do caso, serão necessários, pelo menos, mais 45 dias para o conselho chegar à fase final do processo --que é a votação do relatório que será feito pela comissão tripartite de senadores.

"Nosso esforço e empenho é para trabalhar com celeridade. No entanto, existem prazos que devem ser seguidos", afirmou Casagrande, que relata o processo com mais dois senadores: Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE).





Fonte: Folha Online

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