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Nacional
Segunda - 25 de Junho de 2007 às 19:45

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O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) disse hoje que os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) ocorridos no ano passado tinham o objetivo de enfraquecer sua candidatura à Presidência da República.

Segundo ele, o PCC não queria que ele fosse eleito ao Palácio do Planalto porque adotou, quando governador, medidas duras na área da segurança pública.

"Nós criamos penitenciárias de segurança máxima que não existiam, regime disciplinar diferenciado, isolamos líderes do crime organizado, e é evidente, não tenho a menor dúvida quanto a isso, que tinha ali um viés de natureza eleitoral para desestabilizar minha candidatura", afirmou.

Segundo Alckmin, os criminosos, no Brasil, vêm demonstrando interesse em se infiltrar na política.

Ele comparou o PCC às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia): "As Farc colombianas iniciaram na política e migraram para o crime. No Brasil, você tem organizações criminosas que estão migrando para a política".

Alckmin disse que acabou prejudicado pelo PCC, mas não tem provas concretas das intenções do grupo criminoso. Segundo ele, a experiência no governo de São Paulo lhe permitem fazer esta ilação.

Em Porto Alegre, onde participou de um seminário do PSDB sobre segurança pública e de comemoração dos 19 anos do partido, o ex-governador fez críticas ao presidente Lula.

Ele lamentou o apagão aéreo no país, dizendo ser "uma barbaridade" que se tenha a série de atrasos sem perspectivas de solução rápida, e também a demora para aprovar as reformas política e tributária.

Alckmin ironizou a criação da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, ocupada por Mangabeira Unger: "O governo aumenta o número de cargos ininterruptamente. Agora, criou o 37º ministério. Como faz reunião com tanta gente? Não tem nem como saber o nome de tanto ministro", disse.

O ex-governador negou que concorrerá a prefeito de São Paulo no próximo ano, dizendo que vai percorrer o Brasil ajudando nas candidaturas municipais do PSDB.





Fonte: Agência Folha

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