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Economia
Segunda - 25 de Junho de 2007 às 07:24
Por: Cirlene Lopes

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O Brasil dá sinais de que poderá enfrentar uma crise energética anunciada para os anos de 2010 e 2012 e colocar em risco o desenvolvimento do País. Mato Grosso é auto-suficiente na geração de energia elétrica, mas tem buscado contribuir para o desenvolvimento do setor energético brasileiro.

As informações são do governador Blairo Maggi, que acompanhou neste sábado (23.06), junto com o vice-governador Silval Barbosa, prefeitos e parlamentares federais o desvio do rio São Lourenço, para a construção da barragem na Pequena Central Hidrelétrica (PCH) ‘Zé Fernando’, em Juscimeira (157 km ao Sul de Cuiabá). O procedimento marca o fim da primeira fase da obra. O rio é desviado para um curso artificial, neste caso por um tubo de concreto.

Mato Grosso é considerado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) o segundo Estado brasileiro com maior potencial hidrelétrico. Segundo o governador, esse potencial vai ser aproveitado para ajudar o país a suprir a energia que necessita. “Mato Grosso tem papel importante neste processo e está contribuindo para o desenvolvimento do país”, afirmou Blairo Maggi.

O vice-governador Silval Barbosa destacou que a participação do Governo do Estado e de representantes do Poder Legislativo estadual e federal demonstra a importância do momento e é uma forma de valorizar os empresários que acreditam e investem no Estado. “É o setor produtivo crescendo em Mato Grosso. Um dos problemas dos investidores ainda é a demanda de energia e, quando o Estado tem um potencial grande, dá tranqüilidade para quem vem investir em outros setores”, afirmou Silval.

A previsão é de que em maio de 2008 comece a operar a primeira turbina da PCH ‘Zé Fernando’, e em julho a segunda. A potência da usina é de 29,1 megawatts(MW), de acordo com o gerente de obras civis da empresa Geraoeste - Usinas Elétricas do Oeste -, Paulo Roberto Magalhães, e produzirá energia elétrica suficiente para abastecer uma cidade com 150 mil habitantes. O sucesso no procedimento de desvio do rio foi comemorado pela equipe de engenheiros que já trabalha há um ano na construção da central hidrelétrica.

Os empreendimentos hidrelétricos têm duas datas marco: o desvio do rio e o começo da geração de energia, explicou o diretor do Projeto da PCH Zé Fernando, Luis Rahuan, funcionário a empresa Odebrecht, responsável pela obra. “É um evento importante porque acaba todo o risco que tinha antes, de geologia, meteorologia. Entra em nova fase, da alteação da barragem com baixo risco”.

Hoje o Estado conta com 34 pequenas centrais hidrelétricas em funcionamento, com um potencial de gerar 337 megawatts e 13 em construção com uma potência de 233 MW. São 101 empreendimentos em operação e um total de 1.918.305 de potência KW. Possui ainda 8 usinas hidrelétricas de energia (UHE) e 42 usinas termelétricas (UTE).

A obra visitada pelo governador neste sábado gerou 550 empregos diretos e chega a 2 mil indiretos. Além da geração de emprego e renda na cidade e região, o prefeito de Juscimeira, Dener Araújo, salientou que a usina irá formar um lago de 25 quilômetros e será mais um atrativo turístico para o Vale do São Lourenço. “Os turistas vão poder fazer passeio de lancha e conhecer as belezas naturais da região”, destacou o prefeito.

Juscimeira tem 15 mil habitantes e tem a agropecuária como principal atividade econômica.

A Geraoeste - Usinas Elétricas do Oeste - é uma empresa do Estado de São Paulo e atua na atividade de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, oriundas de diversas fontes (hidroelétricas, termoelétrica, eólica, solar, biomassa, etc). O investimento foi de R$ 102 milhões, com parte dos recursos financiados pelo Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, gerido pelo Banco da Amazônia, e uma parte do BNDES.

Participaram do evento o senadores Jonas Pinheiro e Jaime Campos; os deputados federais Wellington Fagundes e Valtenir Pereira e o deputado estadual Dilceu Dal Bosco.





Fonte: Redação/Secom-MT

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