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Policia MT
Terça - 16 de Abril de 2013 às 16:02
Por: Alexandre Alves

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“É mais fácil o MPF tentar punir os pés de chinelo ao invés de pôr na cadeia os colarinhos brancos”. Este é o protesto de outra pessoa denunciada, pelo Ministério Público Federal (MPF), por formação de quadrilha no "caso das sanguessugas".

 
 
Ontem, um homem que foi integrante em comissão de licitação para a compra de ambulâncias no começo da década passada reclamou, ao Olhar Direto, da acusação do MPF, atestando não ter combinado fraude alguma. Nesta terça-feira, foi a vez de uma denunciada também fazer queixas contra o MPF.


 
 
A fonte, que também não quer ser identificada com receio de ser apelidada de “sanguessuga”, pois reside em município com sete mil habitantes e praticamente todos a conhecem, disse que fora notificada por um oficial de Justiça na sexta-feira (12).

 
 
“Fiquei surpresa com a intimação para apresentar defesa da acusação de formação de quadrilha. Sem dúvida foi o pior dia de minha vida, pois nunca fiz nada ilícito e sempre agi de forma ilibada. Estou muito abatida”, desabafou.



 
A mulher disse que, na época da licitação para o município onde reside comprar uma unidade odontológica móvel, ela participou da comissão, pois atuava como contratada na prefeitura e atendeu pedido do chefe do departamento, que também estava entre os licitantes.

 
 
“O que fizemos foi escolher a melhor proposta de preço, das três que foram apresentadas. Em nenhum momento eu conversei com prefeito, deputado ou algum empresário. Ninguém pediu nada, nem para mim, nem para as outras pessoas da comissão. Escolhemos a proposta mais barata, ciente de que estávamos fazendo a coisa certa”, comenta. 

 
 
A denunciada, que atualmente está sem trabalho, disse que não possui dinheiro para pagar advogado e pediu ao oficial de Justiça que o juiz indique um defensor público. 

 
 
Ela assegura que não existe nenhuma prova - como uma gravação telefônica ou de vídeo - dela com integrantes da comissão combinando fraudar a referida licitação. Aduz também que não há nenhuma prova que a ligue aos então integrantes da Planam, “nem ao deputado sanguessuga”, diz, referindo-se ao deputado federal Pedro Henry (PP), que fora o articulador da emenda parlamentar que garantiu o convênio.





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