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Educação/Vestibular
Segunda - 16 de Abril de 2007 às 09:23

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O Governo do Estado deu dis 13 o primeiro importante passo para a implantação de um campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Barra do Garças (500 km a Leste de Cuiabá). Um acordo entre governo e trabalhadores pôs fim a um imbróglio judicial trabalhista (iniciado há 4 anos com a falência da empresa Druanza Agroindústria Ltda) e liberou uma área de 69 hectares para a desapropriação e posterior construção da universidade.

Pelo acordo o governo vai pagar 70% do passivo trabalhista (cerca de R$ 650 mil) e poderá dar continuidade ao processo de desapropriação. Como a empresa deve em torno de R$ 16 milhões ao Estado, seus proprietários já concordaram em repassar a área, que será doada à UFMT.

Segundo o procurador-geral do Estado, João Virgílio do Nascimento Sobrinho, o governo estadual conseguiu, com uma ação apenas, resolver dois problemas crônicos no município de Barra do Garças, terminando um processo judicial que se arrastava há anos e – o que era de interesse maior – colaborar para a implantação do tão reivindicado campus.

Ao lado do secretário-adjunto da Casa Civil, Antônio Kato, e do procurador Alexandre Luís César, João Virgílio comandou as negociações representando o Estado, na audiência pública no Fórum da Justiça do Trabalho em Barra do Garças. Uma vez feito o acordo, os representantes foram aplaudidos, inclusive pelo juiz trabalhista José Hortêncio, para quem a iniciativa do governo estadual “foi muito louvável, uma vez que trará benefícios para toda a população de Barra do Garças”, disse ele.

De acordo com o secretário Antônio Kato, mesmo que inicialmente a idéia de desapropriar a área parecesse difícil de se concretizar, o governador Blairo Maggi resolveu encampá-la. A proposta foi tema de conversas entre o governador, o ministro da Educação, Fernando Hadad e o presidente Lula. Assim, ficou mais fácil tirar tudo do papel. No final da tarde de ontem, o governador ligou para Antônio Kato e comemorou o acordo.

Já funciona um campus da UFMT em Pontal do Araguaia (cidade que fica à distância de uma ponte de Barra do Garças) mas, segundo o seu diretor, José Marques Pessoa, o estado das instalações é precário e o acesso dos 1.100 alunos é difícil. Hoje o campus oferece oito cursos, e a idéia agora será tanto abrir novos cursos quanto ampliar o número de vagas dos já existentes.

“A nova universidade vai beneficiar estudantes de uma região muito grande, incluindo municípios do estado de Goiás, e quem vai ganhar com isso é Barra do Garças”, afirmou o diretor. “É de fato um sonho muito antigo que estamos vendo se concretizar”.

Para o novo campus serão aproveitados os mais de 3 mil metros quadrados de construção da antiga empresa. A UFMT já tem disponível R$ 3,9 milhões para utilizar na reforma das instalações ainda este ano e, para o ano que vem, espera-se um aporte de mais R$ 4 milhões para a conclusão das obras.

Também acompanharam a audiência pública o suplente de deputado federal, Eduardo Moura, o chefe de gabinete da Procuradoria Geral do Estado, José Roberto Cruz, e a pró-reitora Administrativa da UFMT, Adriana Rigon Weska.





Fonte: O Documento

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