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Meio Ambiente
Quinta - 22 de Março de 2007 às 16:00

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Foz do Iguaçu (PR) - O representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, José Tubino, afirmou hoje (22) que, em 2025, cerca de 2,8 bilhões de pessoas poderão estar vivendo sob condições de baixa disponibilidade hídrica, com menos de 1 milhão de litros de água por ano por habitante. Segundo ele, a água é um recurso abundante na terra, mas com a qualidade e a disponibilidade necessárias para o consumo humano, é escassa.

Ao participar do lançamento da campanha nacional SOS Água, o representante da FAO ressaltou que não foi coincidência a escolha do tema em discussão hoje: à procura da solução para a escassez da água. "A água tem que ser usada como um bem em escassez", disse Tubino, lembrando que a escassez pode também comprometer a produção de alimentos. O lançamento da campanha faz parte da programação em comemoração ao Dia Mundial da Água.

De acordo com Tubino, até 2030, o consumo mundial de alimentos deverá aumentar 55%, e é possível que não haja água suficiente para atender essa demanda. Atualmente 70% da água disponível para o consumo humano é utilizada na produção de alimentos. No Brasil, o setor que mais consome água é a agricultura, com cerca de 60% do total. O consumo doméstico e o do comércio representam cerca de 20%. O setor industrial é responsável por outros 15% do consumo e os 5% restantes têm outras destinações.

José Tubino disse que a ONU reconhece os expressivos avanços alcançados pelo Brasil nos últimos 40 anos, quando o país ampliou seus sistemas de abastecimento de água para servir uma população adicional de 100 milhões de habitantes, enquanto mais 50 milhões passaram a ter acesso a serviços sanitários. Ele destacou também o esforço do Brasil em construir um Plano Nacional de Recursos Hídricos de forma tão participativa.

O representante da FAO anunciou ainda a criação de um grupo de trabalho das Nações Unidas no Brasil para o tema da água - UN Water. Ele informou esse grupo de trabalho se dispõe a apoiar estudos sobre o impacto das mudanças climáticas nos recursos hídricos. De acordo com Tubino, o grupo poderá também apoiar a consolidação de políticas públicas e auxiliar na mobilização de recursos humanos e materiais e no intercâmbio de informações e experiências.





Fonte: Agência Brasil

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