Evitar aquecimento custaria menos de 0,1% do PIB mundial, diz ONU
"Há um grande potencial econômico para limitar as emissões de gases do efeito estufa em todos os setores nas próximas décadas, e até mesmo para reduzi-las abaixo dos níveis atuais", afirma o documento final do relatório do 3º grupo de trabalho do IPCC.
O texto pede a aplicação de medidas contundentes em um curto prazo para poder reverter a tendência do atual aquecimento do planeta pela ação humana. O grupo de trabalho planeja publicar um relatório final de conclusões em maio.
"As medidas que serão tomadas para atenuar o aquecimento do planeta nos próximos 30 anos determinarão até que ponto a temperatura média aumentará e as conseqüências ambientais deste aumento", afirma o relatório, segundo a "Kyodo".
O grupo de especialistas calcula que as emissões de gás carbônico (CO2) geradas pela ação humana crescerão entre 40% e 110% até 2030, especialmente devido ao aumento da produção nos países em desenvolvimento.
Segundo o relatório, o custo de evitar que a temperatura do planeta aumente até três graus em média em relação à revolução industrial, no século 19, incluindo o aumento de 0,7% já registrado, seria equivalente a 0,6% do PIB mundial estimado para 2030.
Portanto, com menos de 0,1% de média anual do PIB agregado de todas as economias do mundo seria possível impedir que a temperatura subisse mais dois graus.
O IPCC foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), com o objetivo de avaliar todas as informações disponíveis sobre a mudança climática para, posteriormente, elaborar relatórios que ajudem a entender melhor as causas e a tomar as medidas que sejam necessárias para evitar um superaquecimento global.
Comentários