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Meio Ambiente
Segunda - 26 de Fevereiro de 2007 às 06:00
Por: Fabiama Reis

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Dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) apontam que Mato Grosso perdeu 426 quilômetros quadrados de floresta em novembro do ano passado e mais 42 quilômetros quadrados em dezembro. Mesmo com uma redução de aproximadamente 90% de um mês para outro, a situação ainda é preocupante. Dos 528 mil quilômetros quadrados de floresta existentes no Estado, já foram destruídos cerca de 178 mil quilômetros quadrados, o que representa 34% do território.

O estudo de transparência florestal realizado pelo Imazon e Instituo Centro de Vida (ICV) mostra ainda que 85% do desmatamento praticado no Estado nos dois últimos meses de 2006 ocorreu em propriedades rurais. Foram 399 quilômetros a menos de floresta, sendo 362 e 37 quilômetros quadrados em novembro e dezembro, respectivamente.

Conforme o secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), Luis Henrique Daldegan, a secretaria intensificou as ações de fiscalização desde o início de 2006 para combater o desmatamento irregular. A utilização de imagens produzidas por satélite estão ajudando a controlar o desmatamento e os focos de calor. Em qualquer um dos casos, a Sema autoriza o envio de fiscais até a propriedade para averiguar a ação. "O resultado das operações realizadas em 2006 foi a aplicação de 1,466 mil multas que totalizaram R$ 99,689 milhões, com 1,466 mil autos de infração, além de 69 embargos", informa Daldegan, ao dizer que as áreas mais devastadas estão localizadas na região Norte de Mato Grosso, com situação mais grave nos municípios de Alta Floresta, Sinop e Aripuanã.

"Nas propriedades rurais orientamos que os proprietários providenciem o cadastro no Sistema de Licenciamento Ambiental de Propriedades Rurais (SLAPR), para regularizar a derrubada de árvores e queima da madeira", diz o secretário, informando também que é necessário ter a Licença Ambiental Única (LAU) para desmatar, e que mesmo de posse do documento, na área amazônica 80% da área deve ser conservada como reserva legal enquanto no cerrado, 35% deve permanecer intacta.

Conforme o levantamento, o desmate em propriedades fora do SLAPR atingiu respectivamente, 264 e 22 quilômetros quadrados em novembro e dezembro. Nas terras cadastradas foram desmatados 98 quilômetros quadrados em novembro, dos quais 59% ocorreram em áreas de reserva legal. Em dezembro foram mais 15 quilômetros quadrados, sendo 52% em área de reserva legal. "Entre as ações implementadas para combater a derrubada de árvores no meio rural está o policiamento ambiental, com oito regionais da Polícia Militar espalhadas pelo Estado", destaca Daldegan.

Outros 15% do desmatamento ocorridos no período em Mato Grosso aconteceram em assentamentos de reforma agrária. Em novembro foram 64 quilômetros quadrados e em dezembro o volume caiu para 4 quilômetros quadrados, uma redução de 93,7%. Com relação à derrubada de floresta em áreas protegidas, o registro é que foram menos de dois quilômetros quadrados, entre novembro e dezembro. Em unidades de conservação, como parques nacionais, reservas ecológicas e terras indígenas, felizmente não ocorreram ações de desmate durante o período.




Fonte: A Gazeta

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