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Ciência/Pesquisa
Sexta - 22 de Março de 2013 às 18:09

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Pesquisadores usaram técnicas de engenharia genética para alterar células do sistema imunológico de pacientes com leucemia linfoblástica aguda, conseguindo que elas destruíssem células cancerosas. O trabalho foi publicado nesta quarta-feira (20) na revista “Science Translational Medicine”.

Eles conseguiram fazer com que as células T, um tipo de glóbulo branco, ganhassem receptores artificiais que permitissem a elas reconhecer o câncer como um “inimigo”.

Os cientistas, liderados por Renier Brentjens, do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, testaram a efetividade do método em cinco adultos. Um deles teve as células cancerosas reduzidas tão rapidamente que, em oito dias, elas estavam indetectáveis. Outros atingiram estado semelhante num prazo de 18 a 59 dias.

Segundo reportagem do “New York Times”, o método é experimental e não funcionou em todos os pacientes – três dos cinco conseguiram se manter em estado de remissão por períodos que vão de 5 a 24 meses. Um outro paciente morreu por motivo alheio ao câncer e o último não apresentou a reação esperada ao tratamento. Ainda assim, o estudo é considerado promissor. A técnica precisa de ajustes finos e aperfeiçoamento para reduzir efeitos colaterais.

A leucemia linfoblástica aguda não é considerada uma forma comum de câncer e atinge mais crianças do que adultos. No entanto, nestes últimos é muito agressiva e, quando a quimioterapia não traz resultado, em geral deixa aos pacientes poucos meses de sobrevida.

Recentemente, chamou a atenção o caso da menina Emma Whitehead, que conseguiu combater uma leucemia graças a uma técnica experimental que usa uma forma deficiente do vírus da Aids para alterar as células do sistema imunológico e fazer com que o próprio paciente elimine a doença.






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