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Politica Brasil
Quinta - 26 de Outubro de 2006 às 15:20

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O coordenador da campanha da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, disse nesta quinta-feira que espera "uma oposição forte" em um segundo mandato.

"Infeliz do país que não tem oposição", disse Garcia a jornalistas, pouco depois de conhecer os dados da pesquisa CNT-Sensus, indicando vantagem de Lula de 24 pontos percentuais sobre o adversário Geraldo Alckmin.

Sem citar nomes, o coordenador criticou adversários que "tentam dividir artificialmente o eleitorado entre ilustrados, que não votariam em Lula, e ignorantes, que votariam nele."

"Existem grandes animais, grandes bestas políticas com diploma de doutorado e pós-doutorado", disse Garcia. "A afirmação de que o país se dividiu entre instruídos e iletrados, ricos e pobres, não se sustenta nem pelas pesquisas."

Garcia, que também é presidente em exercício do PT, negou que a expressiva vantagem no segundo turno, apontada nas pesquisas, seja uma espécie de "carta-banca" conferida a Lula para os próximos quatro anos.

"Precisamos de uma oposição forte, organizada, propositiva, atuante, esse é um princípio da democracia", afirmou o dirigente petista. "O PT se fortaleceu na oposição, antes de se fortalecer como governo."

ALIADOS

Sem mencionar qualquer iniciativa de entendimento ou pacto com a oposição, Marco Aurélio Garcia destacou que a vantagem eleitoral de Lula deve somar-se à vitória de governadores aliados.

"Se tivermos expressiva base no Congresso e muitos governadores afinados com nosso projeto, será mais fácil a segunda etapa de governo", afirmou. "Mas o presidente Lula vai relacionar-se indistintamente com os governadores que o apóiam e os que não o apóiam."

O coordenador de Lula evitou cantar vitória antecipadamente, mas desdenhou a hipótese de algum "fato novo" alterar a tendência das pesquisas até domingo, especialmente se for uma nova denúncia contra o governo.

"A oposição confunde eleição com delegacia de polícia, pois um velho vício da direita brasileira é considerar-se monopolista da ética", afirmou. "O fato novo da eleição é a adesão cada vez maior da sociedade à candidatura Lula."

Garcia se queixou da produção de material gráfico sem assinatura contra Lula, mencionando apreensão de folhetos apócrifos em Belém, na quarta, e em belo Horizonte, nesta quinta.

Como exemplo desse tipo de material, Garcia exibiu cópia de adesivo que circula no Rio Grande do Sul, que o PT considerou ofensivo. É o desenho de uma mão espalmada, sem o dedo mínimo (como a mão esquerda de Lula), cruzada por uma diagonal vermelha, como o sinal de trânsito de "proibido."





Fonte: Terra

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