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Nacional
Segunda - 23 de Outubro de 2006 às 17:48

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Integrantes do movimento negro entregaram hoje (23) à coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PRB/PCdoB) um manifesto com propostas de políticas públicas específicas para a população negra. No documento, 28 entidades declaram apoio à candidatura de Lula.

O manifesto foi entregue pela cantora Lecy Brandão a Jaques Wagner (PT), recém-eleito governador da Bahia. "Eu vim aqui como mulher negra, que sempre militou no seu trabalho artístico, que tem 32 anos de carreira, sempre falei das questões sociais e políticas deste país", afirmou Lecy.

De acordo com ela, o movimento reivindica a manutenção da Secretaria de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial e o aumento dos recursos para o órgão, que possui status de ministério. Ao mesmo tempo, defende políticas públicas para a população negra em ministérios como o da Indústria e Comércio, Educação, Saúde, Justiça e Cultura.

Entre as propostas para um eventual segundo governo está a abertura de R$ 36 milhões em linhas de financiamento para os quilombolas e comunidades negras urbanas investirem em comércio e indústria étnica entre 2007 e 2010.

Na área da Educação, o movimento negro reivindica, entre outros pontos, uma política de cotas para afro-descendentes na pós-graduação e a formação de professores da rede voltada para a educação anti-racista.

No que diz respeito à saúde, as entidades defendem a implementação de políticas de assistência aos problemas específicos da população negra, como anemia falciforme, criação de núcleos de assistência psíquica e a promoção do combate ao racismo institucional.

Ao Ministério da Justiça, o movimento negro propõe cursos de combate ao racismo para policiais, núcleo de justiça gratuita para a população negra nas periferias, criação de um comitê intergovernamental para monitorar casos de racismo praticados nos veículos de comunicação e garantias para o exercício da liberdade religiosa, por meio dos cultos afro-brasileiros.

Na área cultural, os grupos reivindicam a aplicação das políticas de cotas em produções televisivas, a promoção de editais públicos de apoio à produção audiovisual afro-brasileira e a criação de programas de crédito e financiamento para incentivo da produção editorial dessa população.

Entre as entidades que assinam o manifesto estão: Comissão de Servidores pela Igualdade Racial (DF), Grupo Multiétnico de Empreendedores Sociais (DF), Grupo Multiétnico de Empreendedores Sociais (RS), Pré-Vestibular para Negros e Carentes (RJ), Educafro (SP), Instituto Cultural Praia Verde (DF), Instituto Cultural Afro NZinga (DF), CERNEGRO (DF) Associação Cultural Motivação (RS), Grupo Odara (RS), Jornal da Cultura Afro-brasileira (DF), Centro de Cultura Negra (MA), Associação de Anemia Falciforme (SP), ANCEABRA (DF), CONEN (BA), Comitê da Igualdade Racial (DF), Grupo Cultural Rainha Ginga (RS), Biblioteca do Negro (RS), Associação Clara Nunes (RS), CEAP (RJ), CAPEM (RJ), Grupo de Babalorixás (GO e DF), CNEGRA (MA), NZinga (MG), Beco da Cultura (DF), Associação do Morro da Polícia (RS) e Tribo das Artes (DF).





Fonte: Agência Brasil

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