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Economia
Segunda - 23 de Outubro de 2006 às 14:26

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O prejuízo da montadora Ford no trimestre encerrado em setembro aumentou quase 30 vezes em relação ao mesmo período no ano passado, chegando a US$ 5,8 bilhões (cerca de R$ 12,4 bilhões), segundo informações da companhia.

O resultado trimestral nas costas da Ford foi confirmado depois de a companhia ter começado a colocar em prática um plano de corte de custos.

Se os gastos previstos com os cortes (com o pagamento, por exemplo, de indenizações trabalhistas) não fossem incluídos na contabilidade, o prejuízo cairia para US$ 1,2 bilhão (aproximadamente R$ 2,6 bilhões).

A empresa também anunciou que fará uma retificação nos anúncios de todos os ganhos desde 2001, que teriam sido publicados incorretamente em razão de erros contábeis em transações feitas pela divisão de crédito ao consumidor da empresa.

A receita da Ford também caiu 6% em relação ao mesmo trimestre de 2005, chegando a US$ 32,6 bilhões (aproximadamente R$ 69,8 bilhões).

“Claramente inaceitável”

A Ford trocou de diretor-executivo recentemente, indicando o ex-diretor da Boeing Alan Mulally para o cargo.

Mulally afirmou que os resultados são “claramente inaceitáveis”.

“Estamos comprometidos em lidar decididamente com uma mudança fundamental na realidade dos negócios, onde os consumidores desejam veículos menores e mais eficientes”, ele disse.

Assim como a General Motors e a Chrysler, a Ford viu suas vendas caírem devido a uma dependência muito grande do mercado de picapes e utilitários esportivos, grandes consumidores de combustível.

As vendas desse tipo de veículos caíram por causa do aumento nos preços do petróleo e derivados.

A maioria dos consumidores americanos está preferindo trocar seus veículos, comprando motores menos potentes ou que possam rodar com combustíveis diferentes - um mercado liderado por marcas asiáticas como a Toyota e onde a concorrência das empresas americanas têm sido ineficiente.

A Ford quer fechar 45 mil postos de trabalho nos Estados Unidos e Canadá até 2008, com 14 mil cortes na área administrativa, desativando 16 fábricas americanas.

A medida cortaria os custos em cerca de US$ 5 bilhões (R$ 10.7 bi) e as operações da empresa na Europa não serão afetadas.





Fonte: BBC Brasil

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