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Educação/Vestibular
Quarta - 11 de Outubro de 2006 às 23:45
Por: Rosane Brandão

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Fátima Pessoa de Andrade, do município de Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), pode ser considerada uma professora muito especial, pois está proporcionando, por meio do seu trabalho, a redução do índice de analfabetismo em Mato Grosso. Ela está alfabetizando algumas pessoas, que por algum motivo não tiveram oportunidade de freqüentar uma escola na idade adequada e, conseqüentemente, não aprenderam a ler e nem a escrever. Hoje graças a ela, essas pessoas estão tendo contato pela primeira vez com o mundo das letras.

Fátima Pessoa leciona no projeto “Brasil Alfabetizado/LetrAção” da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) há quatro anos, ou seja, desde a primeira etapa do projeto que está na quarta etapa. Seus alunos são pessoas com idade entre 35 e 75 anos e que estão descobrindo que nunca é tarde para aprender.

Conforme relata Fátima, a sua carreira começou a mais de 15 anos, quando iniciou com a alfabetização de crianças. Segundo ela, quando apareceu a oportunidade de trabalhar com o LetrAção aceitou na hora, pois sabia que seria uma grande experiência. “É prazeroso saber que estou oferecendo algo tão importante para essas pessoas. O mais importante é que eu aprendo com eles. É uma troca de conhecimentos e experiências”, disse.

Atualmente ela leciona para duas turmas de 25 alunos cada, no período noturno. Para Fátima o diferencial de ensinar para adultos está na forma de aprender. “Eles são muito dedicados, cada minuto é valioso para eles”, destacou a professora. Ela acrescenta, que a oportunidade de trabalhar com esses alunos tem lhe dado uma nova visão sobre a arte de ensinar. “Eu aprendi muito durante toda a minha carreira, mas agora estou descobrindo que ser professora pode ser muito mais que simplesmente aplicar uma aula”.

Para ela, toda pessoa tem sua especificidade e com os educandos não é diferente. “Cada aluno tem o seu tempo de aprender e isso eu respeito muito. Portanto procuro deixa-los a vontade”, explicou. “O que mais me fascina é o fato de direcionar aquelas mãos que têm tanta história de vida e pouca coordenação motora”, concluiu.





Fonte: Da Assessoria

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