Greve dos bancários atinge mais de 60% das agências no Distrito Federal
"Alguns bancos têm insistido em abrir as portas e nós vamos às agências, fazemos reuniões e os funcionários têm aderido à greve", disse Araújo em entrevista à Agência Brasil. "Mesmo aquelas que abrem as portas durante o início do dia, a gente consegue fechar depois de dialogar com os funcionários", completou.
De acordo com Araújo, liminares da Justiça têm dificultado a ação do sindicato nos bancos privados. "No Bradesco, por exemplo, tem um interdito proibitório que a Justiça concedeu à empresa, para que a gente não faça os piquetes. Com isso, acaba abrindo a agência e a gente tenta convencer as pessoas a saírem da dependência", contou.
Os bancários reivindicam reposição salarial correspondente à inflação dos últimos 12 meses, mais 7,05% de aumento real e participação nos lucros da empresa. A última proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi de reposição salarial da inflação do período (2,85%), aumento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) sobre 80% do salário, mais abonos de R$ 823, de imediato, e de R$ 759, fixo, desde que o banco atinja 20% do crescimento previsto para o período 2005/2006.
Ontem (4) à noite, em assembléia, os bancários do DF recusaram a proposta dos bancos e decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
O movimento não atinge os caixas eletrônicos, nos quais os clientes podem fazer operações de saque, depósito e pagamento. Araújo pediu à população que entenda a luta da categoria. "A gente pede paciência. Até, se possível, que eles possam entrar em contato com a Federação dos Bancos para que eles resolvam logo o problema o mais rápido possível", afirmou.
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