Atacantes do São Paulo não marcam desde o dia 3 de setembro

No último jogo, o gol do São Paulo foi marcado por um ala; no penúltimo, por um atleta que atuava improvisado na lateral; no antepenúltimo, por outro ala e por um jogador que atua no meio-de-campo. E numa partida antes, o zero não saiu do placar. Mas, afinal, cadê os atacantes do time? Não fazem mais gols? Deveriam fazer, mas andam em dívida. A última oportunidade no Brasileirão que um dos gols do Tricolor saiu de um jogador de ataque foi há cinco rodadas ? Thiago marcou dois diante do Santa Cruz, no dia 3 de setembro ?. Não é à toa que o técnico Muricy Ramalho tem reclamado da falta de pontaria nas raras finalizações da sua equipe.

? Nós precisamos melhorar esse setor ? avisa o técnico são-paulino.

A ineficiência do ataque é tanta, que dos 41 gols marcados pelo time no Brasileirão ? apenas o Grêmio, com 45, tem mais na competição ?, só 16 deles foram feitos por atacantes. Já os que lutam para evitar os gols, os defensores, marcaram 15 (Rogério Ceni-5, Souza-3, Alex Silva-2, Júnior-2, André Dias-1, Mineiro-1 e Richarlyson-1). Outro indício é que o artilheiro da equipe na competição é um meio-campista ? Lenilson, com oito. Ah, e o atacante que tem mais gols ainda é Ricardo Oliveira, com cinco. Hoje no Milan (ITA), ele não disputou nem dez partidas e está fora há mais de dois meses.

? O time sofre pela falta de referência. Jogamos muito pelos lados do campo ? analisa o comandante.

A referência deveria ser Aloísio, machucado. Leandro, Thiago e Alex Dias não têm estas características. O jovem Tadeu, que costuma atuar mais fixo na área, não foi bem nas poucas chances que teve até aqui. Contra o Corinthians, foi discreto.

Será que a solução, então, é Edgar, revelação do Joinville (SC) de 19 anos e 1,90m de altura? Nesta terça-feira, ele vai ser apresentado no clube, com a missão de fazer gols. Afinal, a torcida quer vê-lo honrar o apelido que recebeu: Edgol. Muricy também.

? Agora, a nossa esperança é esse rapaz que está chegando ? avisa.