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Politica Brasil
Segunda - 25 de Setembro de 2006 às 02:19

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O novo coordenador de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, admitiu neste domingo a possibilidade de realização de segundo turno - contrariando discurso do candidato à reeleição, o qual declarou ontem que irá vencer a eleição já no dia 1º de outubro. Garcia voltou a negar que Lula e a cúpula do governo tenham envolvimento na operação de compra do dossiê contra tucanos e procurou responsabilizar o ex-integrante da campanha e churrasqueiro de Lula Jorge Lorenzetti. Garcia sugeriu que Lorenzetti, amigo pessoal de Lula, tem "culpa gigantesca" no caso. Garcia defendeu que o episódio seja encaminhado ao conselho de ética do PT.

"Há todas as condições para a eleição fechar no domingo, mas, desde o início da campanha, estamos preparados para dois turnos", declarou o coordenador à colunista Eliane Castanhêde, do jornal Folha de S.Paulo, um dia após pesquisa Ibope indicar que a diferença entre Lula e a soma dos demais candidatos caiu para apenas 3 pontos percentuais, com o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, subindo 3 pontos. O coordenador de Lula garantiu que já tinha a expectativa de que a diferença entre o petista e os demais candidatos se reduziria.

"No fim de campanha, o esforço de quem está atrás é muito maior do que quem está na frente", afirmou.

Quanto a Lorenzetti e a operação de compra do dossiê com denúncias contra o candidato ao governo de São Paulo, José Serra, e outros tucanos, Marco Aurélio Garcia classificou o caso de "patacoada" e classificou de "fantasia absoluta denúncia segundo a qual o PT teria um serviço de "inteligência" desde 1989 para apurar denúncias contra adversários políticos.

"Se ele (Lorenzetti) tinha responsabilidades tão centrais, ele obviamente tem uma culpa gigantesca nisso, mas não quero substituir autoridades policiais". Para Garcia, tudo foi feito à revelia de Lula e à revelia da coordenação da campanha. "Se houve alguém que achou que estava fazendo um bem para o partido e para a candidatura com esse suposto dossiê, foi um equívoco brutal. Não temos antecedente nenhum nessa área", disse.

Marco Aurélio Garcia minimizou o fato de pessoas próximas ao presidente estarem envolvidas, afirmando que as mesmas "não prevavam politicamente" da proximidade do presidente. Ele, no entanto, admitiu que, caso seja reeleito, Lula deverá ter dificuldades nas negociações com a oposição por conta do dossiê.

"Prejudica, mas haverá um momento de serenidade em que os partidos de oposição entendarão que isso não foi uma iniciativa do governo nem sequer da cúpula da campanha do presidente", avaliou. Para ele, a aceitação do governo virá do seu desempenho em um eventual segundo mandato

Dinheiro Garcia disse não saber a origem do R$ 1,7 milhão em poder de petistas para a compra do dossiê, mas disse ter "certeza absoluta" de que os recursos não vieram do Banco do Brasil ou de outro órgão público.





Fonte: Terra

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