Argentina pede inclusão no maior projeto ecoturístico e cultural do mundo: A Rota Pantanal Pacífico
A presidente do Instituto Pantanal Pacífico – IPP, Val Carvalho garante que a Argentina poderá ser incluída na Rota como país convidado pela proximidade com a Bolívia e o Chile. “ Os roteiros que envolveriam a Argentina na Rota Pantanal Pacífico podem ser construídos através dos departamentos bolivianos e regiões chilenas”, assegurou.
Participaram da reunião 15 representantes de países sul-americanos e um europeu, o embaixador da Itália, Michele Valensise, afirmou que a proposta da Rota une o útil ao agradável. É uma mistura de aventura, cultura e tradições. “Quanto maior a integração, mais se ganha. Se os países trabalham apenas pensando em si mesmos, todos perdem muito”. O embaixador citou ainda uma parceria feita entra a Itália e o Estado de Minas Gerais, através da Estrada Real. Segundo ele o país tem grande interesse de repetir tal experiência de integração com a Rota Pantanal Pacífico. Para o representante do Equador, Eduardo Mora-Anda, o turismo é uma importante estratégia para consolidar a união entre os países da América do Sul. “Eu sugiro a criação de pacotes turísticos conjuntos nas zonas de fronteira”. Eduardo citou como exemplo um acordo firmado entre Peru e Equador denominado “Acordo de Paz”, que promove em parceria a construção de pontes, estradas e hospitais. “É um erro tentar integrar os países vizinhos apenas pela ótica da economia. Só isso não basta. Precisamos unir forças em todos os setores. Assim seremos mais fortes”, afrimou.
Na opinião de Pedro Gumucio, ministro conselheiro da Bolívia, a Rota hoje é o mais importante projeto de integração para o seu país. “ Chega de discurso. Precisamos de ações concretas como a Rota. Eu não consigo ver outro caminho para a integração que não seja pela cultura e turismo”, desabafou. O ministro se comprometeu em colocar o IPP em contato com os cinco departamentos da Bolívia e se colocou a disposição para ser o intermediador nas negociações. Para os representantes da Guiana e Colômbia sem comunicação não há integração. Marilyn Chery Miles , embaixadora da Guiana disse que a fragilidade do processo de integração esbarra em duas dificuldades, a língua e o desconhecimento cultural. Já o embaixador da Colômbia, Mario Galofre Cano, afirmou que a falta de linhas aéreas interligando esses países é outro entrave nesse processo de integração. “Precisamos abrir os céus. O avião é o segundo meio de transporte mais seguro do mundo. Como vamos estabelecer parcerias e criar pacotes turísticos juntos sem a participação de companhias aéreas”, declarou.
Segundo Val Carvalho ficou claro o reconhecimento de todos os representantes. “Eles enxergaram a Rota Pantanal Pacífico como a melhor ferramenta, a mais eficaz e a mais forte nesse processo de integração dos povos. A partir de agora a Rota se solidifica e o próximo passo será os contatos individuais com cada embaixada”, destacou.
Está em fase de elaboração o plano estratégico de marketing e desenvolvimento da Rota. O documento, um plano de negócios e trabalho, que será construído pelo vice-presidente do IPP, o doutorando em Turismo, Francisco Lacerda, servirá como base para a implementação efetiva da Rota em todos os países que dela fazem parte. O plano tem como objetivo número um a criação do projeto de inventário turístico das principais potencialidades da Rota.
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