As chuvas do final de semana aumentaram as dificuldades do Rally Ecológico 2006
Quem esperava poeira, como na prova do ano passado, se surpreendeu com a mudança de tipo de terreno, que criou poças d’água, aumentou o nível do rios e criou atoleiros, que aumentaram o grau de dificuldade dos competidores.
De Rondonópolis, as equipes saíram na manhã de sábado, com destino à Campo Verde. No caminho, o distrito de Jarudore. Antes de chegar à localidade que fica a 50 Km da largada, um acidente. Um jipe willis, pilotado por Edinaldo da Fonseca Lemos, capota e a navegadora, uma médica, Maria Mahler, fica de cabeça para baixo, presa no carro. A ação da equipe médica do Rally foi rápida e logo em seguida a ambulância da Prefeitura de Rondonópolis socorreu o casal, levado e medicado no Pronto Socorro da Cidade.
Depois de cruzar fazendas na região Sul, as equipes alcançaram os municípios de São Pedro da Cipa, Juscimeira e Jaciara, de onde seguiram para a cidade de Dom Aquino; de lá avançaram até Campo Verde, porém, tendo antes de enfrentar um obstáculo ‘imprevisível’. Um vale com estrada estreita e muito barro. Os carros não tinham poder de tração diante do terreno escorregadio. No fim da descida, um rio no meio do caminho. Com a chuva, a água fica turva, a correnteza aumenta e não se tem noção da profundidade. O negócio foi acelerar. Todos conseguiram subir e transpor mais um obstáculo.
Os 4x2 tiveram que contar com a ajuda dos veículos com tração nas quatro rodas, mas entre eles uma exceção, o Fiat Uno, da dupla Celsinho/Gledson, que deixou a lama para trás e os mais pesados também.
Na chegada à Campo Verde as equipes foram recebidas com festa por um grande público, na principal avenida da cidade. Mais tarde, o CTG comandou o ‘Costelão Gaúcho’, onde foram exibidas as imagens do primeiro trecho.
Na segunda etapa da prova, a largada foi dada em Campo Verde e novamente a chuva ajudou. No trecho de 160 quilômetros, até Chapada, o terreno arenoso, que dificultaria as coisas para motos e carros, virou um passeio. A chegada à Praça do Festival, teve direito a uma ‘exibição’ do piloto Feijão.
Clóvis Rottili e Edson Dataplus, inscreveram-se em cima da hora. Genuir Canoffi, acelerou contra uma febre de 40 graus e dores no corpo, para correr apenas no segundo dia. Exemplos como esse, ou de uma equipe feminina que desafiou a subida de uma serra, no trecho mais difícil da prova, não faltaram. Pilotos como Paulo Malaquini, que percorreram 720 Km,de Sinop à Rondonópolis, para prestigiar a prova, não pouparam elogios ao evento promovido pela LG Esportes e o Sportsmotor Clube, com supervisão da Federação Mato-grossense de Automobilismo (Femtau) e FMMT e patrocínio da Toyota, Orion Veículos, Via Láctea, Green, Firestone, Bridgestone, Sena e Galeão, Castrol, CAV Comunicação.
“Quem não veio perdeu uma prova histórica”, disse Malaquini, da Equipe Bicho do Mato/Itaciara/Mitsubishi, de Sinop. Vencedor na categoria motos master no ano passado, Cláudio Tonon destacou o nível de competição da prova encerrada após 380 Km, percorridos em dois dias.
Também na categoria motos, Giovani Quixaba e Bill Reino, destacaram o papel solidário e de responsabilidade social da prova. “Pra mim, particularmente, são coisas como essas que a gente nunca esquece. Esse contato com a natureza, as belas paisagens, o plantio das mudas de árvores, enfim; foi fantástico. Esse é o meu terceiro ano de Rally Ecológico e em 2007 estou dentro”, disse o publicitário Bill.
“O Ecológico se superou esse ano.Corri quatro edições e esta, sem dúvida, foi a melhor .É uma prova única,que nós fazemos questão de disputar”,comentou. Marco Latuffi, da diretoria de marketing da Toyota do Brasil, justificou os investimentos da marca no maior rally de Mato Grosso.
“Não é só uma competição, como as demais. A Toyota investe no Rally Ecológico há 4 anos, exatamente por se tratar de um projeto que vem de encontro com a política da empresa: preservar o meio ambiente, agregando valores ao evento e contribuir com os mais necessitados, através da distribuição de cestas básicas de alimentos.
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