Oficinas estimulam jovens a criar grupos de discussão sobre o meio ambiente
“Atualmente, boa parte dos jovens não está preocupada com as questões ambientais, suas preocupações são outras. Nossa juventude não possui um referencial ideológico ou político que busque este objetivo. Por isso a importância de fomentarmos essas discussões junto aos jovens”, disse ele.
Foi com este intuito, de levar as discussões sobre o meio ambiente para as rodas mais jovens, que o Ministério do Meio Ambiente criou, em 2003, durante a Conferência Nacional Infanto-juvenil do Meio Ambiente, os Coletivos Jovens. E também é com este objetivo que a oficina “Para Jovens” foi pensada pela Seduc para abranger 200 pessoas na região Sudoeste, entre alunos, professores e representantes da comunidade escolar.
“A Educação Ambiental é sócio-ambiental. É preciso analisar as conseqüências das ações sociais: consumismo, por exemplo, e seu impacto no meio ambiente e a produção excessiva de lixo. Precisamos mudar de comportamento e essa mudança será bem mais eficaz se começarmos nos meios mais jovens”, observa Ronaldo.
Ele destaca ainda que os jovens até aceitam o tema meio ambiente, mas não aderem às discussões e ações. Em todo o Estado, existem apenas três grupos: um em Cuiabá, um em Barra do Garças e outro Diamantino. “A nossa idéia é multiplicar os grupos em todos os municípios”, acrescenta.
Estudantes
O aluno da Escola Estadual “Rangel Torres”, do município de Rio Branco (a 367 km de Cuiabá), Renam Alves Rangel, participa de um grupo que trabalha com o meio ambiente em sua cidade. Ao participar da oficina, se interessou em montar o “Coletivo Jovem de Rio Branco”.
“O diretor da minha escola já me deu apoio e agora vamos buscar o apoio da sociedade. Precisamos mostrar à comunidade a importância do meio ambiente. As pessoas acham que cuidar do lugar em que vivemos é só tirar o lixo. Mas isso engloba uma série de fatores e não apenas isso”, observou Renam, que cursa o 3º ano do Ensino Médio.
Já Cristiane Santos de Souza, 16 anos, que estuda na Escola Estadual “Mário Spinelli”, de Pontes e Lacerda, planeja fazer uma parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e implantar o Coletivo na cidade. “Esse grupo é importante, porque o jovem passa a ter a oportunidade de percepção sobre as questões ambientais”, concluiu.
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