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Educação/Vestibular
Quinta - 31 de Agosto de 2006 às 08:20

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O Sintep, Sindicato dos trabalhadores do ensino público, reuniu professores das redes estadual e municipal na tarde de ontem para debater uma série de assuntos ligados à classe. Segundo a presidente do Sindicato, professora Ilmarli Teixeira, a reunião foi conduzida com assuntos diferenciados para os profissionais da educação estadual e municipal, além de temas que dizem respeito a todos os professores independente da rede a que pertencem.

Dentre ao assuntos abordados para todos os profissionais está o “planejamento estratégico” que, na prática, pretende definir metas e ações que irão nortear os trabalhos da sede e sub-sedes do Sintep. O Sindicato discutiu com os professores sobre temas como a construção da sede própria e até uma análise político educacional, fazendo uma avaliação da participação da classe política, seja ela estadual ou municipal nas ações ligadas ao setor educacional. Ilmarli disse que o objetivo da discussão não é defender candidatos para o pleito eleitoral deste ano, mas sim, mostrar à comunidade quais os representantes políticos que sempre tiveram ações que realmente pudesse interferir diretamente no setor educacional. “Na hora do palanque, a educação está na boca de todo mundo (candidatos) mas na hora de defender são poucos”, disse a presidente do Sintep que relacionou quatro políticos matogrossenses que são ligados ao setor educacional e que buscam espaço nas eleições próximas, os deputados estaduais Verinha e Ságuas Moraes, o deputado estadual Carlos Abicalill e a senadora Serys Marli. “Vamos denunciar os traidores do povo, os que nunca tiveram compromisso com a educação e hoje se dizem nossos representantes”, afirmou a presidente do Sintep local.

O sindicato definiu que irá emplacar uma campanha de filiação de professores. Um dos “atrativos” para novos sócios é a apresentação da nova sede do Sindicato, em Cuiabá, um prédio amplo de três andares que servirá como apoio aos professores filiados. Na rede municipal, as discussões também foram muito fortes, como por exemplo na questão do concurso público que o Ministério Público definiu como obrigação da prefeitura municipal. Hoje existem muitas vagas para professores efetivos nas creches que estão sendo ocupadas por profissionais contratados.

Na reunião o sindicato informou que está propondo uma emenda no Estatuto do Magistério, Lei 931/99, criando o cargo de auxiliar de desenvolvimento infantil, para as creches, que deverá ser ocupado por profissional concursado.

Outra proposta apresentada é para que seja extinta a jornada de 20 horas no município e que os profissionais que estejam nesta condição possam fazer a opção por 24 horas/aula.

Para fechar o debate o sindicato ofereceu uma denúncia à comunidade de que o município está atendendo alunos “além de sua capacidade”. Com a criação de escolas e creches, aumentou o numero de atendimentos, sobrecarregando os gastos com a educação, gerando desequilíbrio nas contas e a conseqüência está sendo sentida pelos profissionais com atrasos salariais e nenhuma “luz no fim do túnel” de que a situação será corrigida. “Se abriu novas escolas e novas creches, não sei se com fins politiqueiros ou de politicagem, e gerou um aumento prejudicial para os profissionais (pois gerou o atraso salarial). O município está atendendo além de sua capacidade”, destacou.

O Sintep deverá sentar com a secretária nos próximos dias para discutir o impacto das ações que foram desenvolvidas pela secretaria de educação, com o enxugamento na pasta e o fechamento de escolas e salas de aula.





Fonte: Diário News

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