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Quinta - 27 de Julho de 2006 às 18:40

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Ao invés de lápis, teclados. Para a borracha, o ‘mouse’. No lugar do caderno brochura cheio de orelhas, um monitor de computador cheio de ferramentas virtuais. Aprender a ler e a escrever em frente à tela de um computador, auxiliado por ‘mouses’ e teclados ainda não é uma prática muito comum, mas tem dado certo.

Estamos falando do programa Luz das Letras, software que visa à inclusão social através da alfabetização digital. A ação faz parte do Projeto Espaço Vitória, do Instituto Centro de Vida (ICV), que nesta primeira etapa beneficia 15 moradores do bairro Jardim Vitória.

Além de aprender a ler e escrever, as pessoas beneficiadas pelo programa têm a oportunidade de entrar em contato com os ‘temidos’ computadores, aprendendo como funcionam e como podem ser usados. De certa forma, acabam sendo alfabetizados duplamente. Mais do que um curso de alfabetização, o programa Luz das Letras propicia a inclusão digital as pessoas.

A sala de telecentro, instalada na sede do ICV, no bairro Jardim Vitória em Cuiabá, está munida de computadores equipados com internet e software básicos, além do programa específico pra a alfabetização.

Conta com o auxilio de um técnico em informática que dá suporte as pessoas que tem pouco ou nenhum contato com as máquinas, proporcionando a oportunidade de aprendizado e manuseio de computadores. As aulas acontecem três vezes por semana, segundas, quartas e sextas-feiras, das 14h às 16h.

Além do técnico, uma monitora auxilia nas aulas, que também acontecem à moda antiga, com os métodos tradicionais de escrita, fonética e leitura. “O método digital é complementar.

Os alunos aprendem o som das letras na tela do computador, sílabas e palavras, mas depois escrevem com lápis e caneta, para que possam desenvolver a escrita”, explica Terezinha Lopes de Souza, alfabetizadora e monitora do curso Luz das Letras.

Todas as pessoas que estão fazendo o curso têm mais de trinta anos e procuraram se alfabetizar com os mais diferentes propósitos, de ler a bíblia a escrever cartas para um ente distante. “Quero aprender a ler e escrever para poder tirar a minha carta de motorista. Alfabetizado e com a carta de motorista nas mãos posso arrumar um emprego melhor.

Sem ler e escrever, trabalhar fica mais difícil”, disse Wilson Nunes de Assis, enquanto digitava lento e preciso, seu nome na tela do computador.

O Projeto Espaço Vitória busca incentivar a comunidade a enfrentar o mercado de trabalho por meio da qualificação e profissionalização, além de oferecer alternativas de geração de renda aos moradores do bairro Jardim Vitória.

A iniciativa da alfabetização digital por meio do programa Luz das Letras, elaborado pela Companhia Paranaense de Energia (COPEL) e cedido ao Projeto Espaço Vitória, do Instituto Centro de Vida (ICV), só foi possível graças a parceiros como Casa da União Santa Luzia, Ong Moradia e Cidadania e Programa Petrobras Fome Zero.





Fonte: Da Assessoria

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