Servidores de Cuiabá ainda não podem ser cobrados porque falta condições de trabalho, diz prefeito

O prefeito Mauro Mendes (PSB) afirmou que muitos funcionários da Prefeitura de Cuiabá nem podiam ser cobrados por maus resultados devido à falta de condições de trabalho. Ele diz que pretende sanar a falta de estrutura encontrada em diferentes partes da prefeitura para então estabelecer metas aos servidores.

“Você vai a um escritório e eles não tem nem como imprimir algo porque falta tinta na impressora. Quer dizer, como eu vou cobrar esse funcionário? Agora, depois de dar condições, aí eu vou cobrar, e vou cobrar muito”, disse o prefeito, em entrevista realizada ainda em janeiro.

As duas primeiras secretarias alvos de melhoria de estrutura emergencial são Assistência Social e Saúde. Ambas estariam com os prédios em péssimas condições e sem equipamentos básicos para garantir a qualidade de ambiente aos trabalhadores, como ventiladores. No mês passado o prefeito já lançou um mutirão de reformas às Policlínicas e aos Centros de Referencia de Assistência Social (Cras).

Em seguida, Mauro Mendes deverá mirar a valorização da carreira dos profissionais da Prefeitura. Ele deve lançar concurso público para substituir parte dos funcionários contratados da Educação e da Assistencial Social, atualmente maioria nas duas secretarias. A medida visa acabar com situações parecidas com as passadas no início deste ano, com a falta de profissionais nessas áreas para atender a população devido a demissão dos contratados.

“Esse ano haverá um concurso publico para preencher vagas nessas duas áreas. Ainda não sei a data, nem quantas vagas serão oferecidas, mas precisamos resolver este problema”, afirmou o prefeito, em entrevista ao Olhar Direto ainda em janeiro.

Para evitar problemas com atendimentos, e até mesmo manter várias funções da Prefeitura de Cuiabá funcionando, Mauro Mendes precisou selar um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) a fim de recontratar funcionários sem cumprir os tramites legais completo.

O prefeito tem até 60 dias para por em dias todos os processos seletivos necessários para realizar a contratação desses funcionários. Depois desse prazo, no entanto, ele estará passível de punição se os tramites não tiverem sido regularizados.

Outro problema que o prefeito pretende resolver com estes contratos é a perda de funcionários com experiência com a máquina pública. Para ele, demitir funcionários com anos de experiência de prefeitura e contratar novos faz a administração perder muito tempo com treinamento do novo pessoal.

“Não podemos nos dar ao luxo de perder esse know how a cada troca de gestor. A prefeitura perde muito tempo e também muitos recursos com o treinamento de novos profissionais. Por isso precisamos manter os funcionários. E para isso é preciso concursos públicos e valorizar a carreira”, disse Mauro Mendes.