Seduc diz que das 739 escolas estaduais, 80 não foram reformadas. Diretores reclamam que unidades têm problemas nas estruturas.
Escolas de Cuiabá adiam ano letivo por atraso de obras nas unidades

Algumas escolas de Mato Grosso vão começar o ano letivo com salas em reforma e outras tiveram que adiar as aulas por causa do atraso das obras. Nos casos, as unidades possuem problemas de estrutura e falta de recurso para fazer adequações e melhorias.

Um dos casos é na Escola Estadual Estevão Alves Correia, no Bairro Tijucal, onde existem 16 turmas com quase 1.500 alunos. No local, há dois anos três salas funcionam de forma improvisada em uma estrutura de zinco.

“As salas são quentes e mesmo colocando cinco ventiladores e um ar condicionado, não foi suficiente para retirar o ar quente da sala. Foi um ano difícil para os alunos e decidimos que não vamos mais colocá-los nessa sala”, explicou a coordenadora pedagógica Vilma Vaz.

Na mesma escola, outro espaço está em reforma há três anos, onde deveria estar funcionando quatro salas e uma cozinha. “O prazo que eles [a Seduc] deram foi agosto e pediram mais um prazo em setembro. Já estamos no começo de fevereiro e a reforma não terminou. O atraso persiste por mais de cinco meses e estamos esperando”, pontuou o diretor Elias Martins. As aulas só vão começar quando as reformas foram concluídas.

Outros casos
Na Escola Estadual Souza Bandeira, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, o reparo de alguns pisos e troca de fiação dos aparelhos de ar condicionado só foram feitas com doação.

Em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, a Escola Estadual Nadir de Oliveira já completou 33 anos e nunca ganhou uma reforma completa. O pátio da escola precisa de pintura e a quadra está cheia de buracos.

Em entrevista à TV Centro América, o secretário de educação de Mato Grosso, Ságuas Moraes, afirmou que das 739 escolas estaduais, apenas 80 não passaram por reforma. “Dessas 80, 30 já foram licitadas no ano passado e teremos um pacote com parceira do Ministério da Educação onde 39 escolas serão licitadas”, informou.

Ainda de acordo com Ságuas, no caso da Escola Nadir de Oliveira, a unidade precisa de uma reforma geral e está como prioridade pela Seduc. “Nas escolas que têm problema na parte elétrica, o recurso não é suficiente e por isso fazemos uma reforma estrutural”, completou o secretário.