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Politica Brasil
Sexta - 09 de Junho de 2006 às 23:10

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O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, disse hoje em Madri que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vencerá as eleições de outubro.Genro afirmou que "o segundo governo Lula será melhor, mais democrático e mais popular que o primeiro".

Após realizar um esboço da evolução do Brasil desde 1930, o ministro destacou os "avanços extraordinários na economia durante o período militar" (1964-1984), embora o país tenha tido "um retrocesso nas instituições jurídicas e democráticas que não permitiu superar as desigualdades sociais".

"A primeira e segunda crises do petróleo desestruturam este modelo e o endividamento foi crescente e sem controle", por isso dois caminhos foram propostos, "a ruptura revolucionária ou a transição com o Exército, baseada na negociação".

"O governo Lula é o fim dessa transição rumo a um Estado de Direito consolidado", afirmou o ministro, que acrescentou que "esta é a primeira oportunidade depois da ditadura militar em que as classes mais baixas se identificam com o Estado".

Para Genro, o presidente Getúlio Vargas foi o primeiro a implantar vantagens para a classe operária, antes de seu suicídio em 1954, "mas a identificação dos menos favorecidos com os políticos não aconteceu até a chegada de Lula".

Genro disse que a integração com a classe política não ocorre somente com base na personalidade de Lula, mas "por sua capacidade de fazer uma frente política para sustentar as reformas".

O presidente brasileiro "reafirma constantemente seu apoio às instituições democráticas", já que, "embora seu governo seja de centro-esquerda, seu principal apoio é contraditório, procedente até mesmo de setores de centro-direita democráticos", explicou Genro.

O ministro também citou as acusações de corrupção feitas ao governo de Lula. "Nenhum governo foi mais investigado que o atual, apesar de três comissões parlamentares não terem conseguido provar nenhum envolvimento do presidente", disse.

Diante destes fatos, Genro expressou sua preocupação com dois setores da sociedade: a classe média e os intelectuais, que "fugiram para a extrema esquerda ou para a centro-direita, irritados por causa da corrupção".





Fonte: EFE

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