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Quinta - 18 de Maio de 2006 às 11:18

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A audiência realizada na Câmara de Vereadores para debater o abuso, exploração e a violência sexual de crianças e adolescentes reuniu ontem dezenas de representantes de entidades de defesa dos direitos da criança, de assistência social, saúde, justiça e segurança pública.

Presidida pelo vereador Éden Capistrano, a audiência foi solicitada pelo Comitê Municipal de Enfrentamento ao Abuso, Exploração e Violência Sexual de Crianças e Adolescentes com parte da programação do Dia Nacional de combate a essa modalidade de crime.

Na verdade, em Cuiabá o Comitê programou não apenas um dia de mobilização, mas uma semana para lembrar o18 de Maio, data escolhida nacionalmente e instituído como dia de luta em alusão ao crime que ficou conhecido como “Caso Araceli”, menina estuprada e morta aos oito anos. Amanhã(18), a programação do Comitê incluí um grande show gospel no Estádio Verdão, e no dia 19, a partir das 9hs, audiência pública na Assembléia Legislativa para discutir o tema.

Para a delegada de polícia Josirlete Criveleto, do núcleo de atendimento à criança, adolescente e mulher do CISC Coxipó(Centro Integrado de Segurança e Cidadania), além da segurança pública, que faz o atendimento às vítimas, outros setores importantes estão se organizando para assegurar medidas protetivas àquelas que correm riscos ou sofreram abuso, exploração ou violência sexual.

No caso das crianças, destacou Josirlete, que na audiência representou a Segurança Pública, hoje existem serviços de acompanhamento e abrigo para crianças, adolescente ou mulher que não podem retornam ao ambiente onde sofriam violência.

O rograma Sentinela, mantido por uma parceria do município com o governo federal, e a Casa da Retaguarda, uma moradia criada pela Prefeitura para quem está sob risco de morte ou continuar sendo explorada ou violentada, são dois exemplos de serviços públicos.

“No setor público há várias portas de entrada para quem foi vítima e quer denunciar e precisa de apoio”, destaca Josirlete Criveleto. Como exemplos, ela citou o Núcleo do Cisc, delegacia de Defesa da Mulher, o Núcleo de Atendimento de Vítimas de Violência(NAVES) do Hospital Universitário Júlio Muller e o Programa Sentinela.

São essas instituições, observou ela, que formam rede de atendimento às vítimas de violência sexual. “Mas para combater esse tipo de violência é necessário que todos os segmentos se envolvam nessa luta”, alertou Josirlete.

O secretário-adjunto de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, pediatra Euze Carvalho, diz que como gestor público tem a obrigação de atuar como articulador, um facilitador da efetivação das políticas públicas de enfrentamento e combate ao abuso, exploração e violência sexual.

Para Euze Carvalho, todas as ações, desde a prevenção até o apoio àquela que está sendo ou foi vítima de violência, precisam ser integradas em uma rede. “È necessária a união de esforços dos órgãos e o envolvimento da sociedade nas ações de prevenção e combate”, completou o secretário-adjunto.

Entre as pessoas que participaram dessa audiência estão Carlos Alberto Caetano e Roberto Amorim, membro da Executiva do Comitê Municipal; o inspetor Fernando Roberto de Souza, que atua combate a exploração sexual através de um grupo criado pela Associação dos Policiais Evangélicos da Polícia Rodoviária Federal; Benedita Rosarinho, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MT; José Rubens, presidente da Sociedade Mato-grossense de Pediatria(Somape), Ellem Capistrano, gerente do Programa Sentinela e Davino Mário de Arruda, coordenador do Conselhos Tutelares.

A banda do Colégio André Avelino, sob a regência do professor Ivo, o coral do Projeto Siminina e grupo de dança da Casa da Retaguarda a chamaram a atenção e arrancaram aplausos dos participantes com apresentações artísticas-culturas durante a audiência.





Fonte: O Documento

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