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Politica Brasil
Sábado - 13 de Maio de 2006 às 07:12
Por: Aline Chagas

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O Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva da maioria dos presos da Operação Sanguessuga. Os pedidos já estão na Justiça Federal de Mato Grosso desde ontem. Segundo informações do Superintendente da Polícia Federal, Aldair da Rocha, dos 48 presos, cerca de 90% tiveram as prisões preventivas solicitadas à Justiça. O restante ainda não foi encaminhado porque os presos demonstraram interesse em colaborar com novos depoimentos.

Conforme o superintende, como essas pessoas estão sendo ouvidas novamente pelos delegados da Polícia Federal, somente após todos os novos depoimentos haverá uma decisão sobre pedidos de prisão referentes a elas. Hoje vencem as prisões temporárias da maioria dos presos na Operação, que foram prorrogadas na segunda-feira, e por isso é o prazo final para a Polícia Federal e o Ministério Público solicitarem o pedido da preventiva.

A Polícia ouviu cinco pessoas ontem à tarde. José Wagner dos Santos, Rogério Henrique Medeiros de Freitas e Rodrigo Medeiros de Freitas prestaram depoimento pela primeira vez aos delegados desde que se entregaram. José Wagner, irmão do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, José Aparecido dos Santos (Cidinho), se entregou no domingo. Os irmãos Rodrigo e Rogério, na quarta-feira.

Michel Amandio Joca Braga, funcionário da Oxitec (uma das empresas fantasmas do grupo Planam que funcionava no Rio de Janeiro), foi intimado para depor novamente em conseqüência da acareação de quinta-feira entre o ex-deputado Carlos Rodrigues e Ricardo Waldman Brasil. Logo no início da operação, o delegado federal Tardelli Boaventura disse em entrevista coletiva que a Oxitec era uma das empresas que serviam para fazer o repasse de propinas do esquema.

Também depôs para a Polícia Federal o assessor do deputado federal Nilton Capixaba (PTB/RO), Francisco Machado Filho. Esse é o segundo depoimento de Francisco. Dessa vez, a Polícia Federal queria saber especificadamente sobre as gravações entre Francisco e Luiz Antônio Trevisan Vedoin, no qual conversam sobre o jornalista Lúcio Vaz, do Correio Braziliense, e a suposta possibilidade de assassiná-lo.

Francisco também depôs para a Comissão de Sindicância da Câmara dos Deputados. Além de Francisco, a comissão ouviu pela manhã os funcionários da Câmara Cristiano de Souza Bernardo, Pedro Braga de Souza Júnior, Octávio José Bezerra Fernandes. Durante a tarde e noite, foi a vez de Régis de Moraes Galheno, Erik Janson Sobrinho de Lucena, Ricardo Augusto França Silva e Wilber Corrêa da Costa.

Os 75 inquéritos envolvendo prefeituras de Mato Grosso foram encaminhados ontem à Justiça Federal. Sobre os pedidos de delação premiada, o delegado Tardelli Boaventura, coordenador da Operação, informou no final da tarde que alguns poderão ser analisados, mas o de Maria da Penha Lino, em princípio, não pode ser firmado.

Tardelli falou que as provas periciais levantadas pela equipe da PF são bastante interessantes. “E quem garante que o advogado de Maria da Penha tenha mesmo esse HD?”, questionou o delegado, se referindo ao equipamento que o advogado Eduardo Mahon anunciou ter em mãos.

Os trabalhos dos delegados da PF e da Comissão de Sindicância continuam hoje. De acordo com informações da PF, hoje será a vez dos delegados ouvirem as mulheres dispostas a dar novas informações.





Fonte: Diário de Cuiabá

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