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Meio Ambiente
Terça - 02 de Maio de 2006 às 17:55

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PITTSBURGH, EUA - Os soldados americanos que lutam no Iraque e no Afeganistão já sobrevivem a ferimentos que, em guerras anteriores, seriam fatais, mas o número de feridos com perda maciça de tecidos nunca foi tão alto. Esses ferimentos incluem perda de dedos, membros ou a desfiguração da face. Em busca de novas abordagens que possam restaurar a estrutura e função dos tecidos perdidos, a Darpa (Agência de Projetos Avançados de Pesquisa de Defesa) concedeu US$ 3,7 milhões ao Instituto McGowan de Medicina Regenerativa, da Universidade de Pittsburgh, para que supervisione um programa de pesquisa sobre regeneração de tecidos.

Boa parte do esforço será voltado para o exame dos sistemas que permitem que certas espécies de animal regeneram completamente tecidos perdidos. O objetivo final da pesquisa é encontrar meios de aperfeiçoar a capacidade humana para cicatrizar feridas e restaurar tecidos.

"Acreditamos sinceramente que a capacidade de promover a restauração de tecidos em seres humanos não é só possível, mas de fato será uma realidade algum dia", diz o médico Stephen Badylak, coordenador do trabalho. Os pesquisadores esperam se valer da convergência de descobertas realizadas em diversos laboratórios, em áreas como células-tronco, bioquímica de matriz extracelular e regulação da expressão genética.

Seres humanos têm uma pequena capacidade de regeneração. Células do fígado e do sangue podem se renovar; e durante o desenvolvimento embrionário, mamíferos e pássaros conseguem regenerar tecidos e estruturas como a pele ou a medula espinhal. Mas seres humanos são incapazes de fazer como salamandras, que reconstroem um membro perdido. Isso ocorre porque o corpo humano reage ao ferimento gerando células que formarão uma cicatriz, enquanto que, nas salamandras, as células que reagem à ferida são programadas para assumir a mesma função da estrutura perdida, reconstruindo o membro em até dois meses.

Embora a maioria dos mamíferos não possa regenerar tecidos de foram eficiente, um certo tipo de rato, conhecido como rato MRL, regenera parte da orelha e tecido cardíaco, após um ferimento.

Os pesquisadores financiados pela Darpa pretendem provar que mamíferos podem ser levados a criar células de regeneração, como as salamandras. Estudando o rato MRL, os cientistas esperam identificar os mecanismos necessários para a regeneração.





Fonte: Agência Estado

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