Prefeito de Alto Paraguai diz que acordo com Pivetta é por transparência e vê vitória à AMM
A eleição acontece no próximo dia 31. Votam todos os prefeitos cujos municípios estejam associados e em dia com o repasse. Dos 141, somente Primavera do Leste e Alta Floresta não estão vinculados, mas a tendência é da parceria se estabelecer, de moto a permitir que todos gestores tenham direito a participar do pleito. A votação é secreta. Adair disputa com Chiquinho do Posto (PSD), que tem como um dos cabos eleitorais o presidente da Assembleia, José Riva. As chapas, com 19 membros, estão todas homologadas.
“A AMM não é espaço para politicagem. É espaço para trabalho com recursos quem vem para os municípios”, diz Adair. Ele observa que já visitou 22 municípios no último final de semana e pretende percorrer mais 20 até domingo para uma conversa franca e aberta com cada prefeito. Propõe que as decisões e as deliberações na AMM sejam pautadas no interesse coletivo para não haver privilégios para uns em detrimento de outros. “A AMM deve ser a caixa de ressonância dos municípios”.
Se eleito, o peemedebista promete liderar movimento pela regulamentação dos repasses de ICMS e FPM. Entende que a redistribuição da arrecadação tributária é necessária para acabar com a origem dos problemas nos municípios. “Hoje, os prefeitos mais articulados conseguem recursos e isso é um precedente perigoso porque abre caminho para corrupção, para atuação de lobista. Não pode haver interferência política, senão torna o sistema desigual e injusto”. Segundo o candidato do PMDB, a AMM deve mobilizar a bancada federal para pressionar o Congresso, com vistas a redefinir logo os critérios de distribuição das receitas e a reforma tributária, pois considera injusto a União “abocanhar” 60%, os Estados 25% e os municípios ficarem com apenas 15%.
Para Adair, os prefeitos estão passando apurados por causa do atraso nos repasses pelo Estado de verbas para a saúde e transporte escolar. Ainda existem algumas pendências. Entende que nos últimos dois anos, o Estado vem enfrentando dificuldades para ajustar as contas e, apesar disso, precisa priorizar a regularização desses repasses, especialmente à saúde. Quer potencializar atividade fim, com assessoria aos municípios, especialmente na área de engenharia e auxílio aoss 15 consórcios de desenvolvimento intermunicipal.
Propõe também que haja redefinição de papéis para não se registrar tanto desperdício com dinheiro público e tempo do funcionalismo da União e do Estado dedicado a confeccionar documentos para convênios, aprovar e fiscalizar projetos para os municípios. Esse trabalho poderia ser feito pelas prefeituras. A economia, diz Adair, seria de 15%. “Do jeito que está, com tanta burocracia e perda de tempo, o sistema não se sustenta. Temos de atacar a origem do problema. Para o prefeito conseguir umas migalhas de recursos enfrenta caminho dificultoso”.
Efeito Riva
Garante que não faz campanha de oposição. Quer diálogo com todas as forças, seja com o governo, seja com a Assembleia e com a sociedade em geral. Sobre Riva, Adair prefere não criticá-lo. Observa que, de fato, o deputado tem participado da eleição da AMM, assim como faz em pleitos envolvendo outras entidades, mais pela liderança e pela fato das pessoas procurarem-no. “O que vejo é a falta da AMM focar nas necessidades dos municípios”, diz Adair, formado em Direito pela UFMT. Aos 39 anos, ele está no segundo mandato de prefeito. Antes, foi advogado dos Direitos Humanos e da Pastoral da Terra, em defesa principalmente dos trabalhadores rurais sem-terra.
Em relação aos apoios partidários, Adair prefere recorrer a percentuais para dizer que tem voto garantido de todos prefeitos do PMDB, do PSDB, do PP e do PDT, além de 90% do PPS, de 70% do PT, de 80% do DEM e 20% do PSD.
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