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Educação/Vestibular
Sábado - 11 de Março de 2006 às 10:16

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Chega a 40% o percentual de mulheres que concorrem a bolsas do programa de doutorado pleno no exterior, oferecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC). Dos 230 candidatos que estão sendo entrevistados, nesta semana, 90 são mulheres. Apesar de estarem em número ainda menor do que os dos homens, no meio científico e tecnológico, as mulheres não têm medo de enfrentar novos desafios e nem temem preconceitos.

Na opinião da mineira Eloísa Sari, de 26 anos, que pretende fazer doutorado na Universidade de Estocolmo, na Suécia, não existe preconceito no meio científico. Graduada em ciências biológicas pela Universidade Federal de Viçosa, com mestrado em genética pela Universidade Federal de Minas Gerais, ela diz que não enfrenta dificuldades pelo fato de ser mulher. Sua tese enfoca os processos evolutivos no gênero dysithamnus (passeriformes) e a dinâmica das florestas neotropicais. ´´Meu projeto tem o objetivo de trazer o reconhecimento e o entendimento da dinâmica evolutiva das espécies de pássaros das florestas tropicais e poderá ser útil em trabalhos de conservação e conseqüente equilíbrio ambiental´´, explica.

O fato de ser mulher não traz dificuldades à atuação da tecnóloga em radiologia, Carla Roberto Dias, de 24 anos, de São Paulo. Ela atua no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/USP), onde também concluiu seu mestrado em tecnologia nuclear. ´´Há muitas mulheres ocupando cargos de chefia em meu trabalho´´, diz Carla. Sua meta agora é a Universidade de Ferrara, na Itália, para doutoramento em tecnologia nuclear. ´´Em minha tese pretendo desenvolver um fármaco para tratamento em oncologia, utilizando material radioativo´´, explica.

Para a pernambucana Hedlena Maria de Almeida Bezerra, de 26 anos, que pretende fazer doutorado em computação gráfica, no Instituto Nacional Politécnico de Grenoble, na França, a área da pesquisa não discrimina as mulheres. ´´As mesmas cobranças são feitas para os dois lados. Acredito que há uma tendência de equiparação na quantidade de homens e mulheres na pesquisa´´.

A jovem tem razão quanto ao crescimento da participação feminina. Entre 1996 e 2003, o total de professoras com doutorado cresceu 104%, bem superior ao crescimento registrado entre os homens: 69,2%.





Fonte: 24HorasNews

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