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Educação/Vestibular
Segunda - 06 de Março de 2006 às 08:38

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A Sorocaba Refrescos, fabricante e distribuidora dos produtos Coca-Cola para 60 cidades da região, eliminou o analfabetismo e a semi-alfabetização entre os 500 funcionários de sua fábrica – 460 diretos e 60 terceirizados. Por meio do projeto EsCola, iniciado em 1998, 325 colaboradores freqüentaram as aulas do Ensino Fundamental e Médio, ministradas em salas de aulas especiais no Grêmio Recreativo da empresa. Atualmente, 19 colaboradores da empresa cursam o Ensino Médio e 1 o Fundamental.

O projeto EsCola foi criado em 1998 por iniciativa do então gerente do Departamento de Recursos Humanos, Cristiano Biagi (que atualmente ocupa a Gerência Geral da indústria), e coordenado até hoje por Luciana de Campos Machado dos Santos, do Departamento de Recursos Humanos. “No primeiro ano de atividades, tivemos 91 inscritos para o Ensino Médio e 101 para o Ensino Fundamental”, relembra. De lá para cá, o número de participantes reduziu-se em função da própria iniciativa do programa e dos baixos índices de turn-over da empresa.

A maioria dos matriculados leva cerca de um ano para concluir cada ciclo. “Mesmo assim, alguns que dispõem de mais tempo livre, conseguem terminar os dois cursos num mesmo ano”, diz. Estruturado sobre o sistema Telecurso 2000, o projeto EsCola conta com uma professora contratada pela Sorocaba Refrescos. Ela se incumbe de acompanhar os alunos durante os estudos, esclarecer dúvidas e apoiá-los durante todo o ciclo. “As segundas-feiras, por exemplo, são reservadas aos plantões de tira dúvidas”, explica Luciana. Para facilitar e estimular a participação, a empresa oferece as aulas todos os dias da semana e em horários flexíveis, sempre das 12 às 19 horas.

Segundo Luciana, os cursos agregaram outros valores aos estudantes que os freqüentaram. “As aulas envolvem importantes conceitos sobre cidadania e inter-relacionamento pessoal, o que reverte numa melhoria do comportamento social e do nível de consciência dos participantes”. Antonio Ferreira Pimentel, 59 anos, foi um dos alunos do projeto EsCola. Trabalhando na Sorocaba Refrescos desde 1983, viu no projeto uma oportunidade de concluir os estudos, abandonados há cerca de 40 anos, quando seu pai foi trabalhar em um sítio em Fartura (SP). “Muda muita coisa na vida da gente depois que aprendemos a ler e escrever direito”, confessa. Dos tempos que passou no EsCola, Antonio lembra-se de muitas situações alegres e emocionantes. “O apoio da família e as boas lembranças da educadora Lignalva são inesquecíveis”, completa.





Fonte: Da Assessoria

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