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Internacional
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 09:18

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Jerusalém - O analista político Raviv Druker afirma que o sistema político em Israel trabalha com a hipótese de que Ariel Sharon não vai poder voltar ao cargo de primeiro-ministro. "Trata-se de uma situação política inteiramente nova e cheia de pontos de interrogação", disse Druker. De acordo com o professor Tzvi Ram, diretor do departamento neuro-cirúrgico do hospital Ihilov, de Tel Aviv, as chances de sobrevivência do premier são escassas.

Poucos minutos depois da chegada de Sharon ao hospital Hadassa - onde foi operado devido a um forte derrame cerebral sofrido por ele ontem -, todos os seus poderes foram transferidos ao vice-primeiro-ministro Ehud Olmert.

Olmert deve reunir o gabinete durante a manhã desta quinta-feira. De acordo com analistas, o objetivo principal desta reunião é enviar uma mensagem de estabilidade e continuidade do poder em Israel. Ehud Olmert, que saiu do partido Likud junto com Sharon para fundar o novo partido Kadima, é um de seus parceiros políticos mais próximos e apoiou o plano de retirada da Faixa de Gaza.

De acordo com o analista Raviv Druker, Olmert também apóia a retirada de Israel de grande parte da Cisjordânia. As últimas pesquisas de opinião indicam a vitória do Kadima, liderado por Sharon, nas próximas eleições previstas para o dia 28 de março. Porém, se Sharon deixar de liderar o partido o quadro pode vir a mudar, pois o Kadima se baseia quase que exclusivamente na figura dele.

Situação é grave - De acordo com Tzvi Ram, o prognóstico de Sharon “é muito ruim; as chances de sobreviver a um derrame desta dimensão são poucas e as chances de poder voltar a um funcionamento normal são menores ainda”.

Após duas operações para estancar a hemorragia, que duraram várias horas, os médicos que tratam Sharon no hospital Hadassa Ein Kaem, em Jerusalém, disseram na manhã desta quinta-feira que sua situação é “grave, mas estável”. Ele foi hospitalizado às pressas na quarta-feira, às 23 horas (19 horas em Brasília).




Fonte: Agência Estado

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