Prefeito eleito cassado em Brasnorte levanta suspeição sobre magistrado autor da sentença
O advogado alega que Blasack tinha ligação com o Município porque teria implementado sistema de pregão eletrônico no site da Prefeitura. “Primeiro conseguimos liminar de efeito suspensivo, que foi dada pelo juiz substituto. Depois que o Blasack retornou, ele cassou a liminar. Após a atitude dele, descobrimos que a prestação do serviço para a prefeitura em 2010. Ele não poderia nem despachar porque há uma relação dele direta com o município”.
Ainda segundo o jurídico de Eudes, o membro do TRE teria participado de confraternizações ao lado do então vice. Eles alegam ainda que a foto, que constava no site da prefeitura, foi retirada assim que a sentença em desfavor de Edes foi proferida. “Nós tiramos print e temos a foto”, disse. Ele também assegura que o escritório de Blasack teria recebido da Prefeitura, somente neste ano, montante superior a R$ 152,5 mil.
Outro lado
Blasack justifica garante que está tranquilo com a situação e que não vê impecílio em julgar o caso. O magistrado alega que ao assumir o cargo no TRE realizou um levantamento de todos os clientes que teve em seu escritório de advocacia para conferir os casos em que advogava diretamente para pessoas e se declarar suspeito. “No caso de prefeitos que defendi, me declarei suspeito. Em que pese, há uma decisão na qual fica estabelecido que quem advoga para a prefeitura, não é para o prefeito”.
O juiz também expõe que a foto divulgada por Eudes se trata de um curso de como instalar pregoeiros eletrônicos ministrado por ele, realizado em vários municípios, inclusive em Brasnorte. “O vice estava lá participando do evento sem relação pessoal. Já julguei outros processos de Brasnorte anteriormente e ninguém questionou. Talvez porque fui favorável ao grupo que me questiona agora. Porque não estou atendendo interesses dele, estão tentando levantar a minha suspensão.”
Segundo Blasack, o recurso do prefeito cassado foi protocolado no dia 19 e distribuído como relator o doutor Francisco Alexandre Ferreira Neto, que despachou pedindo sua manifestação e do promotor eleitoral. Isso porque apesar de não ser obrigatório, considera importante um representante do Ministério Público se manifestar.
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