Caminhoneiro muda de ideia sobre sabotagem e se junta aos moradores
Um dos que defendem essa teoria é Valdenir Willers, 45, condutor do caminhão que ficou pendurado sobre a ponte quebrada e um dos primeiros motoristas a jogar a culpa nos moradores da região. Ele chegou a dizer ter visto alguém da área a passar pelo bloqueio da BR-158 com um motosserra na noite anterior a sabotagem.
Bastaram algumas horas para ele acabar mudando de ideia e decidir voltar a apoiar os habitantes de Posto da Mata no movimento de resistência à desintrusão ordenada pela Justiça Federal em um antecipação de tutela, a fim de despejar todos os não-índios do perímetro para consolidar a terra indígena Marãiwatsédé.
“Eu senti muita raiva deles. Acreditava que ele é que tinham sabotado aquela ponte. Mas eu fiquei muito emocionado quando eu vi mulheres e até crianças indo até lá onde eu estava para me levar marmita, água gelada, lanche da tarde e agora me oferecer pouso. Não pode ter sido esse pessoal”, afirmou o caminhoneiro, sentado num banco no posto de gasolina usado como acampamento da resistência.
Ele participou de todos são costumeiros eventos noturnos da resistência, como um momento de oração e louvor liderado pelos pastores locais. Valdenir terá de ficar na região até a seguradora do caminhão do caminhão retirar o veículo da ponte ou tomar as providências necessárias.
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