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Compra de merenda em duas cidades de Alagoas não é fiscalizada pelos representantes do CAE
Brasília – Os representantes dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE) de pelo menos dois municípios de Alagoas, São José da Lage e Marechal Deodoro – envolvidos no desvio de dinheiro da merenda escolar –, não fiscalizam a compra da merenda escolar (licitação). Os representantes fazem apenas a escolha do tipo de alimento, a chegada da merenda e a sua distribuição.
Em todas as cidades, existem esses conselhos, responsáveis diretos pela fiscalização da merenda. Eles são compostos por 14 representantes: dois do poder executivo (prefeitura), dois do legislativo (câmara dos vereadores), dois da sociedade civil, quatro representando os pais de alunos e outros quatro que marcam a presença dos professores.
Em Marechal Deodoro, a representante dos pais no CAE, Maria de Fátima Cardoso, diz que fiscaliza a chegada da merenda, a distribuição nas escolas, o local onde o alimento é armazenado e a distribuição aos alunos. Questionada sobre a sua participação na compra da merenda, Maria de Fátima responde que essa etapa é feita na prefeitura, sem a participação dos conselheiros.
"Existe um setor de licitação na prefeitura. Os fornecedores vão lá, expõem os preços e os produtos. Os meninos (alunos) provam e escolhem a merenda. Mas a licitação é feita no setor da prefeitura", conta. Apesar de não participar da escolha da empresa fornecedora da merenda, Maria de Fátima, que é mãe de duas filhas, sabe qual deve ser a melhor opção para as prefeituras. "É lógico que será a empresa que fornecer o melhor produto e o mais barato", diz. Desde terça-feira, o prefeito de Marechal Deodoro, Danilo Damaso, está preso por suspeita de fraude na compra da merenda.
No município de São José da Lage, o prefeito Paulo Roberto Pereira de Araújo, conhecido por Neno, também foi preso. Na pequena cidade do interior de Alagoas, a professora Josenilde Pires Nunes, de 34 anos, dá aulas no ensino fundamental da Escola Professora Vanda Paiva.
Josenilde relata que o secretário de educação de São José da Lage costuma fazer reuniões com o conselho e orienta como deve ser a fiscalização.
Mas, sobre o momento da compra da merenda, Josenilde reafirma o depoimento de Maria de Fátima à reportagem da Agência Brasil, de que na compra da merenda ela não se envolvia. "Era só quando ela chegava e a gente era convocada para conferir. Da compra da merenda eu nunca participei", fala.
A coordenadora-geral dos programas de alimentação escolar do Ministério da Educação, Albaneide Peixinho, não foi encontrada pela reportagem da Agência Brasil para comentar as entrevistas das representantes dos conselhos.
Em todas as cidades, existem esses conselhos, responsáveis diretos pela fiscalização da merenda. Eles são compostos por 14 representantes: dois do poder executivo (prefeitura), dois do legislativo (câmara dos vereadores), dois da sociedade civil, quatro representando os pais de alunos e outros quatro que marcam a presença dos professores.
Em Marechal Deodoro, a representante dos pais no CAE, Maria de Fátima Cardoso, diz que fiscaliza a chegada da merenda, a distribuição nas escolas, o local onde o alimento é armazenado e a distribuição aos alunos. Questionada sobre a sua participação na compra da merenda, Maria de Fátima responde que essa etapa é feita na prefeitura, sem a participação dos conselheiros.
"Existe um setor de licitação na prefeitura. Os fornecedores vão lá, expõem os preços e os produtos. Os meninos (alunos) provam e escolhem a merenda. Mas a licitação é feita no setor da prefeitura", conta. Apesar de não participar da escolha da empresa fornecedora da merenda, Maria de Fátima, que é mãe de duas filhas, sabe qual deve ser a melhor opção para as prefeituras. "É lógico que será a empresa que fornecer o melhor produto e o mais barato", diz. Desde terça-feira, o prefeito de Marechal Deodoro, Danilo Damaso, está preso por suspeita de fraude na compra da merenda.
No município de São José da Lage, o prefeito Paulo Roberto Pereira de Araújo, conhecido por Neno, também foi preso. Na pequena cidade do interior de Alagoas, a professora Josenilde Pires Nunes, de 34 anos, dá aulas no ensino fundamental da Escola Professora Vanda Paiva.
Josenilde relata que o secretário de educação de São José da Lage costuma fazer reuniões com o conselho e orienta como deve ser a fiscalização.
Mas, sobre o momento da compra da merenda, Josenilde reafirma o depoimento de Maria de Fátima à reportagem da Agência Brasil, de que na compra da merenda ela não se envolvia. "Era só quando ela chegava e a gente era convocada para conferir. Da compra da merenda eu nunca participei", fala.
A coordenadora-geral dos programas de alimentação escolar do Ministério da Educação, Albaneide Peixinho, não foi encontrada pela reportagem da Agência Brasil para comentar as entrevistas das representantes dos conselhos.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/339196/visualizar/
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