Repórter News - www.reporternews.com.br
Internacional
Sexta - 13 de Maio de 2005 às 23:59
Por: Lucas Parente

    Imprimir


Brasília – Após a notícia de condenação da empresa Lima Araújo Agropecuária a pagar R$ 3 milhões por escravizar cerca de 180 trabalhadores, algumas entidades – que combatem a escravidão – comemoram a decisão da 2ª Vara do Trabalho de Marabá (PA) de punir o dono da empresa com uma multa de R$ 3 milhões.

Para o coordenador da Comissão Pastoral da Terra do município de Marabá, no Pará, José Batista, uma das melhores formas de acabar com o trabalho escravo no Brasil é "mexendo no bolso" de quem pratica esse crime. "Se em todos os casos tivesse uma ação civil pública forte e exemplar como essa, com certeza, não teríamos dúvida de que o trabalho escravo no Brasil diminuiria", disse ele.

Já a coordenadora Nacional do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Patrícia Audi diz que essas decisões mostram que "o trabalho escravo não é um bom negócio" e põem em evidência o papel do Brasil no combate ao trabalho escravo. A multa por danos morais coletivos, aplicada a empresa Lima Araújo Agropecuária, é a maior determinada pela justiça brasileira nesse caso. A empresa ainda pode recorrer, mas, caso a decisão seja mantida, a multa será destinada ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

No País, mais de 800 pessoas que viviam como escravas foram libertadas neste ano, segundo o Ministério do Trabalho. Só no estado do Pará cerca de 500 trabalhadores estão livres.





Fonte: Agência Brasil

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/339876/visualizar/