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Nacional
Sexta - 13 de Maio de 2005 às 20:30
Por: Alana Gandra

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Rio - Só num prazo de seis a 12 meses, o Banco Central (BC) terá condições de medir os resultados práticos das novas normas cambiais aprovadas pela instituição em 4 de março último e que entraram em vigor 10 dias depois. A avaliação foi feita hoje a empresários da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro pelo diretor Internacional do BC, Alexandre Schwartsman.

A unificação dos mercados de câmbio completa amanhã (14) dois meses em vigor, mas Schwartsman considera que ainda é cedo para fazer um balanço. "Acho que o mercado ainda está se acostumando, está testando". O diretor afirmou que as empresas passaram muito tempo, no que se refere à documentação, seguindo a burocracia existente anteriormente. "Tenho a impressão que o mercado ainda está no processo de aprendizado. Os resultados disso veremos num período mais longo. A nossa experiência no frete, que é uma coisa mais simples, demorou uns bons dois ou três meses para que todas as fichas caíssem. Assim, desconfio que uma coisa mais ampla vai demorar mais tempo para apresentar resultado".

Schwartsman reiterou que em seis ou 12 meses, o BC terá condições de olhar para trás "e dizer que isso aqui funcionou desse jeito ou de outro". Admitiu porém a constatação de que já existe um "clima menos policialesco do BC em relação ao câmbio", na medida em que as novas normas reduziram o risco de lavagem de dinheiro, melhorando a capacidade de rastreamento da instituição, "porque, como tudo agora (remessas de dinheiro) ocorre via câmbio, tudo é registrado no Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen)".

O diretor do BC afirmou que a reforma do câmbio é uma das medidas tomadas pelo governo para garantir o crescimento de longo prazo para o Brasil. A mudança cambial objetivou maiores desburocratização e simplificação do mercado, que teve diminuída a necessidade de acessar o BC a toda hora. Outro objetivo do Banco com a unificação do câmbio foi dinamizar o setor exportador e importador, facilitando a relação do país com o resto do mundo, explicou.

O BC trabalha agora no processo de simplificação das normas do mercado de capitais, porque no regulamento de câmbio e capitais internacionais, só as novas normas cambiais foram aprovadas em março e se encontram em vigor, disse Schwartsman. Em relação ao mercado de capitais, o Banco "trouxe as normas velhas e incorporou", esclareceu.

Schwartsman informou também que a intenção é dar prosseguimento ao processo de aperfeiçoamento das normas, dentro do espírito de simplificação e desburocratização que o marco legal permite. "O que o marco legal não permite não vamos fazer", afiançou. Ainda não há previsão para que o estudo seja concluído, lembrou ele.





Fonte: Agência Brasil

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