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Economia
Sexta - 13 de Maio de 2005 às 18:55
Por: Flávia Albuquerque

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São Paulo - O início do escoamento da safra de soja e açúcar e o aumento das exportações ligados ao precário sistema viário da região do porto de Santos são os principais responsáveis pelo congestionamento de quatro quilômetros registrado ontem entre os quilômetros 60 e 64 da pista Sul da via Anchieta, principal acesso ao terminal. De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), hoje o movimento na área do porto é intenso, mas ainda não há congestionamento. Na via Anchieta também há trafego normal de veículos, segundo boletim da Ecovias, operadora do sistema.

Segundo a assessoria de imprensa da Codesp, o sistema viário do porto de Santos "não está preparado para receber tantos caminhões de uma só vez". De acordo com as estimativas, em dias de maior movimento passam pela região portuária de 5.500 a 6000 caminhões. No pico do escoamento da produção, em meados do ano, esse número deve ser ultrapassado. A Codesp garantiu que o porto tem total condição para atender a demanda, mas o sistema viário prejudica o acesso dos caminhões e contêineres.

O escoamento da soja é um dos responsáveis pelo fluxo intenso, já que, de acordo com a Codesp, os produtores tem problemas para armazenar o produto e "preferem colocar nos caminhões que são utilizados como armazéns móveis". O açúcar, que costuma ser embarcado durante todo o ano, mas que registra picos de maio a setembro, já conta com planejamento logístico melhor, como informou a assessoria de imprensa.

A assessoria explicou que a solução para o problema é a construção de um pátio para os caminhões e de uma avenida perimetral em toda a extensão do porto. A Codesp já tem o projeto para a construção do pátio em uma área na cidade de Cubatão. Com isso a liberação dos caminhões será feita de maneira gradativa, diminuindo os congestionamentos. A Codesp aguarda a licença do Ibama para abrir licitação para as obras que devem ser iniciadas no segundo semestre do ano. Já o projeto da avenida perimetral totaliza oito quilômetros de extensão e servirá para separar o trânsito de caminhões e trens que hoje se confunde no local.

Ainda hoje representantes do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo(Sopesp), da Codesp, CET e representantes de empresários participam de uma reunião para procurar medidas paliativas para amenizar a situação na região portuária.




Fonte: Agência Brasil

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