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Nacional
Quarta - 11 de Maio de 2005 às 03:49

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Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um escorregão característico de seus discursos de improviso, convidou todos os presentes à reunião da Cúpula América do Sul - Países Árabes a comparecerem ao próximo encontro, em Marrocos, daqui a três anos, sugerindo que ainda estará no cargo em 2008, em um segundo mandato. "Já estamos preparando as malas para ir ao Marrocos em 2008", disse Lula, ao ser informado pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, de que "o Marrocos se ofereceu para ser a sede da próxima cúpula, na primavera marroquina, outono aqui, no segundo trimestre de 2008". O discurso foi feito no encerramento da segunda reunião desta terça-feira, realizada no hotel Blue Tree, em Brasília.

Não foi a primeira vez que o presidente Lula deu sinais de que pretende ficar mais tempo no Palácio do Planalto e de que já estaria em campanha pela reeleição como afirmam seus opositores. Nas comemorações do Dia do Trabalho, dia 1º de maio, o presidente fez um discurso na igreja de São Bernardo do Campo mencionando um cronograma de obras que chegava a 2008. “Posso dizer que até 2008 nós iremos cumprir nosso compromisso de levar luz para os 12 milhões de lares brasileiros que ainda não têm energia elétrica”, declarou naquele dia.

Durante viagem à República Dominicana, o presidente Lula, em conversa com o presidente da Costa Rica, Abel Pacheco, citou a viagem que havia feito ao Gabão, na África, para afirmar que estava aprendendo como permanecer muitos anos no poder. "Eu fui agora a uma viagem ao Gabão aprender como é que um presidente da República consegue ficar 37 anos no poder e ainda se candidatar à reeleição", disse Lula a Pacheco, na ocasião.

No improviso desta terça-feira, Lula disse que reuniões como as da cúpula demonstram "o quanto nós podemos avançar, na medida em que nos dispomos a trabalhar conjuntamente para alargar o mundo em que vivemos". À noite, Lula ofereceu um jantar aos participantes da cúpula, no Palácio do Itamaraty. A surpresa do jantar foi a ausência do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que ficou no hotel, e do dirigente do Kwait.

Os convidados ainda assistiram a uma apresentação de músicos do Clube do Choro e a shows de grupos folclóricos de carimbó e frevo.




Fonte: Agência Estado

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