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Nacional
Quinta - 28 de Abril de 2005 às 20:04
Por: Lúcia Nórcio

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Curitiba - O Aqüífero Guarani, que fica sob por quatro países (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), pode não ser a maior reserva subterrânea de água doce do mundo, como é conhecido internacionalmente. Estudioso do aqüífero desde a década de 70, o pesquisador da Universidade Federal do Paraná Ernani Francisco da Rosa Filho coloca em dúvida a qualidade dos cerca de 50 quatrilhões de litros de água dessa reserva.

Em palestra hoje em Curitiba, onde acontece o Encontro da Unidade de Execução do Projeto Aqüífero Guarani, o professor afirmou que o aqüífero possui muita água salobra, não qualificada para beber e, em alguns casos, se não for tratada, não pode ser usada nem para irrigação.

Segundo o professor, testes mostraram que as águas do aqüífero estão armazenadas há algo entre 10 e 50 mil anos. "Se elas têm essa idade, nós estamos minerando a água e não estamos repondo o que está sendo retirado. Tem que haver recarga, sob o risco de se acabar com a reserva dentro de alguns anos", alertou ele.

Representantes de oito estados brasileiros por onde passa o Aqüífero Guarani estão reunidos em Curitiba discutindo maneiras racionais de uso, ações e projetos de proteção da reserva. O encontro é promovido pelo governo paranaense, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.

Segundo o diretor de Projetos e Articulação do Ministério do Meio Ambiente, Julio Thadeu Kettelhut, o governo federal desenvolve diversos programas referentes ao aqüífero nas áreas de saneamento ambiental e recursos hídricos. Alguns projetos são desenvolvidos em conjunto pelos quatro países que integram o aqüífero.





Fonte: Agência Brasil

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