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Educação/Vestibular
Quarta - 20 de Abril de 2005 às 17:40
Por: Juliana Andrade

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Brasília - Nos últimos oito anos, o número de cursos de mestrado e doutorado cresceu numa proporção de 9% ao ano no Brasil. Atualmente, o país possui 1.925 programas de pós-graduação, de acordo com levantamento divulgado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação, divulgado nesta quarta-feira (20).

Já o número de alunos matriculados em cursos de mestrado aumentou 11% e no doutorado, 14%. Para o presidente da Capes, Jorge Guimarães, os índices mostram que os jovens brasileiros buscam cada vez mais a especialização e que, por isso, é preciso que estados e empresas privadas compartilhem com as agências federais a concessão de bolsas de pós-graduação.

"Com o crescimento de 11% ao ano na matrícula do mestrado e 14% no doutorado não será possível para as agências federais, a Capes e o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], manterem um crescimento de orçamento anual nessa proporção, que possa fazer frente a essa enorme demanda pela pós-graduação", avaliou Guimarães, durante a apresentação do levantamento. Segundo ele, de um total de 122.295 estudantes de pós-graduação, cerca de dois terços não têm bolsa.

De acordo com Jorge Guimarães, a Capes financia 55% do total de bolsistas de mestrado e de doutorado no país e o CNPq, 30%. Já as fundações estaduais de amparo ao ensino e pesquisa respondem por 10% das bolsas. "Quando nós olhamos o papel dos estados, vemos que a proporção de participação é muito pequena, então a Capes e o CNPq estão buscando as parcerias estaduais para o crescimento de bolsas de pós-graduação. Tomando como modelo a Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que essas agências passem a compartilhar mais conosco a distribuição de bolsas nos cursos de cada um dos seus estados".

Segundo o presidente da Capes, os 5% restantes ficam por conta de organismos internacionais e instituições privadas. "Se essas instituições precisam qualificar melhor os seus técnicos na pós-graduação, é de se esperar que elas passem a participar mais também do processo de concessões de bolsas para os nossos pós-graduandos", destacou Guimarães, ao acrescentar que a Capes já levou essa demanda a representantes da Petrobras, entre outras empresas.

Jorge Guimarães disse ainda que a Capes tem buscado otimizar os programas de pós-graduação voltados para política industrial, por ser uma área que, ao gerar novas empresas, também gera empregos e renda. "Foi esse o argumento que usamos para a área econômica do governo de aumentar substancialmente o orçamento da Capes", destacou. De acordo com ele, o orçamento da Capes para 2005 é 30% superior ao de 2004. Guimarães salientou que, até 2003, o percentual de aumento vinha sendo de 2%, durantes os dez anos anteriores.





Fonte: Agência Brasil

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