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Saúde
Terça - 05 de Abril de 2005 às 23:10
Por: Érica Santana

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Brasília - A oferta e produção de medicamentos anti-retrovirais, distribuição gratuita de preservativos e programas de redução de danos com usuários de drogas injetáveis são algumas das ações do programa brasileiro de combate à Aids que chamaram a atenção da missão da Comunidade do Caribe e Mercado Comum (Caricom) em visita ao país. A missão da Caricom é integrada por ministros da Saúde de diversos países da região e tem como objetivo conhecer o programa brasileiro de prevenção e tratamento do HIV/Aids, além de trocar experiências na área de saúde.

Segundo o assessor especial para Assuntos Internacionais de Saúde do Ministério da Saúde, Santiago Alcazar, os representantes da Caricom revelaram interesse sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele diz, no entanto, que a experiência brasileira está apoiada da estrutura do SUS e precisará ser adaptada a realidade de cada país. "O programa de Aids é um programa de êxito. Nós somos líderes internacionais, mas o programa está costurado no SUS. E, quando se transpõe um programa, tem que transpor adaptado à realidade de cada país."

A Caricom é formada por 20 países da segunda região do mundo mais afetada pela Aids, depois da África Subsaariana. O relatório divulgado em dezembro de 2004 pelo Programa do Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) revelou que mais de 440 mil pessoas no Caribe, entre adultos e crianças, estão contaminadas com o HIV.

O técnico do programa nacional DST/Aids do Ministério da Saúde, Paulo Meireles, afirma que os representantes caribenhos também quiseram mais informações sobre as ações voltadas a população jovem. "Havia muita curiosidade com relação ao SUS pela questão logística da distribuição de medicamentos e, principalmente, a questão dos jovens. A abordagem que nós fazemos com os jovens brasileiros, com relação à distribuição dos preservativos nas escolas".

Após se reunir com o chefe da missão da Comunidade do Caribe e Mercado Comum (Caricom), Denzil Douglas, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que o Brasil tem o dever de ajudar os países do Caribe no desenvolvimento de políticas de combate à Aids.

"Nós temos toda a disposição política para ajudá-los. Nossos recursos são limitados mas não impedem que nós os ajudemos na realização e implantação de projetos pilotos como os que foram realizado no Brasil. Esses países são como irmãos mais velhos do Brasil. É uma obrigação nós ajudarmos e nós estamos trabalhando nesse sentido", declarou Amorim.

Com base nas experiências obtidas pela delegação ao longo da semana, o governo brasileiro e a Caricom formularão um memorando de atendimento aos países. A missão caribenha permanecerá no país até o próximo sábado (9).





Fonte: Agência Brasil

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