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Internacional
Quinta - 03 de Março de 2005 às 16:07
Por: Graziela Sant'Anna

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Brasília - A proposta do governo brasileiro de elaborar uma Convenção Interamericana Contra o Racismo e toda forma de Discriminação e Intolerância ainda encontra resistência dos Estados Unidos e do Canadá. Os Estados Unidos argumentam que a Convenção da Organização das Nações Unidas sobre todas as formas de discriminação racial, realizada em 1966, é suficiente e o Canadá entende que essa discussão poderia aguardar um pouco mais.

De acordo com o secretário-executivo da Secretaria Especial da Presidência da República para Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Douglas Martins, o trabalho agora é de convencimento. "Claro que nenhum país subscreveu essa opinião, dada a relevância das especificidades da nossa região e o fato também de essa convenção ser da década de 60. Fora os EUA e o Canadá temos a adesão de todos os países. Mas isso não pára a Relatoria, ela está criada e em funcionamento", afirmou.

A Relatoria Especial da comissão Interamericana de Direitos Humanos sobre os Direitos dos Afrodescendentes e sobre a Discriminação Racial, criada dia 25 de fevereiro, recebeu um cheque US$ 65 mil do governo brasileiro. O objetivo é demonstrar o interesse na realização da Convenção. Mas vai além disso, é um sinal de que a questão racial é fundamental para o país, como disse a diretora da Justiça Global, organização não-governamental que trata dos direitos humanos, Andressa Caldas. "Apoiamos essa iniciativa do governo. Toda a temática da questão racial e afrodescendente é muito importante. Isso é um sinal de muito boa vontade para tratar desse assunto", afirmou.

Na próxima Assembléia geral da OEA, prevista para os dias 5 a 7 de junho, o Brasil vai discutir a criação de um Grupo de Trabalho para elaborar a convenção.





Fonte: Agência Brasil

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