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Cidades/Geral
Quinta - 03 de Março de 2005 às 08:44

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Brasília - As famílias dos trabalhadores sem teto que foram despejadas durante ação da Polícia Militar no Parque Oeste Industrial em Goiânia, no dia 16 de fevereiro, receberão às 10 horas a visita de integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Reforma Agrária e Urbana (CPMI da Terra). O objetivo é colher informações sobre o modo como ocorreu a desocupação da área Sonho Real.

Durante a visita, o deputado federal João Alfredo (PT-CE), relator da comissão, vai se encontrar com a viúva de Pedro Nascimento, Eronilde da Silva Nascimento e com a mãe de Vagner da Silva Moreira, Dalvina Mendes da Silva França, que foram mortos durante a ação policial de despejo. Às 13h30, a comitiva de parlamentares participa de audiência pública na Assembléia Legislativa de Goiás, para a qual foram convidados o ministro das Cidades, Olívio Dutra; o governador Marconi Perillo; o prefeito de Goiânia, Íris Rezende; o secretário de Segurança Pública de Goiás, Jônathas Silva, a procuradora geral de Justiça, Laura Maria Ferreira Bueno, além de representantes da arquidiocese da capital e do Movimento Nacional de Luta pela Moradia.

A visita a Goiânia faz parte da agenda de viagens que os parlamentares da comissão deverão fazer a vários pontos do país, a fim de verificar a situação de violência causada pela posse de terra, tanto urbana quanto rural. No próximo dia 9, outra comitiva de integrantes da comissão voltará ao Pará para colher mais depoimentos sobre a situação fundiária no estado. A região do Pontal do Paranapanema, em São Paulo, e o município de Felisburgo (MG) também serão visitados.

Em novembro do ano passado, cinco trabalhadores rurais foram mortos a tiros no município mineiro. A região do Pontal é uma das áreas de conflitos entre fazendeiros e sem-terra. O deputado João Alfredo marcou para 9 de junho deste ano a data de apresentação do relatório final da CPMI. A previsão do deputado é de que o documento possa ser votado até o dia 15 de junho, prazo final para a conclusão dos trabalhos. A comissão, que deveria ser encerrada no final do ano passado, teve seu prazo prorrogado por mais seis meses, em virtude de novos incidentes pela posse da terra verificados em vários estados.





Fonte: Agência Brasil

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