<b>Prefeito de Denise é cassado</b>

Denise é o oitavo município de Mato Grosso a ter o prefeito eleito cassado. O juiz André Maurício Lopes Prioli acatou a representação do Ministério Público Eleitoral e cassou ontem o registro do prefeito reeleito Israel Antunes Marques (PP), bem como o seu direito à diplomação, por abuso de poder econômico. Marques obteve 312 votos a mais do que o segundo colocado, José Roberto Torres (PPS), que pode ser declarado prefeito eleito, tendo em vista que a votação do prefeito cassado não atingiu 50% dos votos válidos.

Além da cassação, o juiz declarou o prefeito inelegível por três anos e aplicou multa de 10 mil Ufirs. Porém, o prefeito cassado ainda pode recorrer da decisão.

Quatro candidatos disputaram a eleição em Denise. Israel Marques obteve 1394 votos, José Torres, 1082, Luiz Carlos Guedes (PTB) 968, e João Elizeu de Lima (PFL) conquistou 818 votos. Conforme a Legislação Eleitoral, só poderá ser realizada uma nova eleição nos municípios em que o prefeito cassado tiver obtido mais de 50% dos votos.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o prefeito Marques “vinha praticando, reiteradamente, durante a sua campanha eleitoral, abusos de poder econômico, por meio do fornecimento de requisições para abastecimento de combustível, em veículos de eleitores cooptados, com a finalidade única de captar votos para a sua campanha à reeleição, tanto que terminou por conseguí-la”.

Este é o oitavo prefeito a ser cassado em Mato Grosso, porém, o primeiro que não obteve mais de 50% dos votos válidos, o que significa que pode não haver uma nova eleição caso a decisão se confirme.

Além de Israel Antunes Marques foram cassados também Antônio Rodrigues da Silva (PMDB), de Poxoréo; Antônio Andrade Junqueira (PPS), de São José dos Quatro Marcos; Vano José Batista (PP), de Araputanga; Getúlio Gonçalves Viana (PFL), de Primavera do Leste; Rudimar Nunes Camasola (PSDB), de Santa Carmem; Maria José Borges (PMDB), de Dom Aquino e Yolanda de Gois (PSDB) de Vale de São Domingos. Todos os cassados ainda podem recorrer das decisões.

Se a justiça Eleitoral não realizar novas eleições até o início da nova gestão, quem assume a prefeitura municipal é o presidente da Câmara Municipal até o que o novo prefeito seja eleito.