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Variedades
Segunda - 05 de Novembro de 2012 às 14:58
Por: Lívia Machado

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João Bosco e Vinícius  (Foto: Divulgação)
João Bosco e Vinícius (Foto: Divulgação)

 

Para escolher o repertório de “A festa”, o oitavo disco da dupla e o quarto DVD ao vivo, João Bosco e Vinícius auditaram mais de mil músicas. Garimpando potenciais sucessos, perceberam um mercado de compositores influenciado pela cartilha do sertanejo universitário.

“Os olhos do Brasil estão voltados pra música sertaneja. E acredito que ela vá voltar a falar mais dessa parte antiga, do amor, da essência do sertanejo. Tudo que é demais atrapalha, inclusive quando recebemos [material de] compositores. A maioria foi mais influenciada pelo mercado e tinha algum carro importado na letra. E não é nosso estilo, por isso que a gente voltou a compor”, explica João Bosco em entrevista ao G1.

Embora tenham a ajuda de Euler Coelho, empresário e compositor de múltiplos hits da dupla – dentre eles, “Chora, me liga” – sentiram vontade de assinar algumas canções. "Percebemos que faltava modão de viola, música romântica, e resolvemos compor. Ficamos muito tempo sem fazer por conta da correria. E o Euler compõe pra gente, os principais sucessos são dele. A gente deu uma relaxada. E não pode. Agora o exercício está sendo maior.”
 

Distante do processo há dez anos, João acredita que a tarefa exige apenas dedicação e treino, tal qual uma modalidade esportiva. “Música hoje é mais transpiração do que inspiração. Quando você começa a compor, compor, é como jogar futebol: você pode ser ruim demais, mas começa a pegar jeito. Inspirações são casos especiais.”

Das chuteiras velhas saíram as coautorias “Tão distante tão perto”, “Em direção ao sol”, “Descontrolar” – presente na trilha sonora da novela “Salve Jorge”, da Rede Globo – , e “Colo colo”, música que ganhou espaço no disco oito dias antes da gravação, e interpretada pela dupla com Xandy, do grupo Aviões do Forró, um dos convidados do disco.

“Já tínhamos feito o convite para o Aviões. Quando recebemos a ‘Colo colo’, gostamos muito da ideia, mas tinha uma parte que falava de pegação e umas palavras que muita gente já tinha usado em outras músicas. Ligamos pro compositor e falamos que queríamos mexer na letra. Sentamos e desenvolvemos. Mudamos também a melodia e saiu.”
 


"A festa", novo DVD da dupla, foi gravado em uma casa em Itu, interior de SP (Foto: Divulgação)



Evitar os clichês do mercado, na visão de João Bosco, não significa rechaça-lo. “A música sertaneja era de corno, de velho, até pouco tempo atrás. Hoje é a mais popular do país, é música de balada. Ela deixou de ser estritamente rural e se tornou urbana. Independe se é ´pegação’, o grande segredo está ai.” Ele credita o sucesso da dupla à postura reservada mantida há 19 anos."Nós sempre olhamos pro nosso próprio umbigo sem prestar atenção no trabalho dos outros. Por isso que estamos sempre entre os mais tocados."

Ao vivo, a energia é diferenciada. Eu e o Vinícius gostamos muito de gravar em estúdio. Só que o ao vivo, a gritaria, o ruidinho, chama atenção do público que gosta da música sertaneja, principalmente da nova geração"
João Bosco, cantor

Em "A festa", João Bosco e Vinícius interpretam as novas canções no meio da sala de uma casa luxuosa, em Itu, interior de São Paulo. A proposta era dar aos fãs uma versão mais “intimista” da performance da dupla. “A primeira ideia era fazer numa cobertura de um prédio, seria no ‘apê do sertanejo’. Mas ficou ruim de fazer, precisava de autorização, horário, era um pouco mais difícil.”

No projeto inicial, eles cantariam explorando diversos ambientes do imóvel, mas a chuva reduziu o espaço da brincadeira. “A gente ia andar pela casa, usar a parte externa, só que começou a chover demais e tivemos que colocar todo mundo dentro da sala.” O formato mudou, mas opção pelo ao vivo, quase um pré-requisito de gravações da vertente, foi mantida. “Ao vivo, a energia é diferenciada. Eu e o Vinícius gostamos muito de gravar em estúdio. Só que o ao vivo, a gritaria, o ruidinho, chama mais atenção do público que gosta da música sertaneja, principalmente da nova geração.”





Fonte: Do G1

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